O PMAP é aberto a todos os agricultores do município, mas prioriza os de pequeno porte, visando trazer economia e ampliar a produção, com aumento da renda para os beneficiários. Cada produtor pode ser atendido com no máximo 26 hectares. Nesta primeira etapa o Programa vai promover as ações na região do distrito de Novo, nas Linhas Fazenda Banca, Arapongas, Dois Marcos e São Pedro. “Optamos por concentrar nessa região no primeiro ano, por estas localidades estarem próximas, o que vai facilitar a coleta das amostras de solo e também as reuniões e a organização dos grupos”, explicou o secretário da SAA, José Augusto de Souza, lembrando que para 2015 deverá ser atendida a região dos distritos de Ouro Preto e Boa Vista.
A diretora de Desenvolvimento Agropecuário, Geni Serafim, citou que entre os procedimentos está a coletas de solo, análise e interpretação de resultados, assim como elaboração dos laudos com determinações técnicas para eventual correção e melhoramento. Geni ainda destacou que a oportunidade é única aos pequenos produtores. “Eles só tem a ganhar, tanto em economia, quanto em produção. Esse é um tipo de tecnologia com um custo elevado e de difícil acesso para quem cultiva pequenas áreas”. As análises podem ser utilizadas como base por até três anos. Ao longo desse período os produtores receberão orientações, quanto à aplicação correta de corretivos e a aquisição de insumos a partir da necessidade. “A única contrapartida dos produtores, será seguir as recomendações feitas a partir das análises”, concluiu.
Como funcionará o PMAP
Diferente do trabalho realizado atualmente, em que as amostras são recolhidas aleatoriamente e este material serve para área total, na agricultura de precisão a análise é feita ponto a ponto. As áreas poderão ser de até 26 hectares por produtor e serão divididas em lotes de dois hectares, chamados de grids. Em cada um deles serão coletadas 12 amostras. “Com isso o produtor terá um mapeamento total da sua propriedade e a necessidade de cadagrid, dando maior qualidade, evitando o desperdício de insumos e corrigindo adequadamente o solo”, comentou a diretora Geni Serafim. A ação vai diminuir custos com insumos para os agricultores, evitando a aplicação desnecessária de produtos, utilizando somente o que é necessário e apontando o que precisa ser corrigido.
Os produtores deverão assumir o compromisso de após terem em mãos a análise do solo e emissão do caderno de avaliação da propriedade adotar de imediato as recomendações contidas no documento. “O relatório digitalizado será utilizado por empresas que desenvolvem a agricultura de precisão e, por meio de GPS (Global Positioning System, em português Sistema de Posicionamento Global), irá realizar a aplicação de insumos necessários para aquele grid”, finalizou Geni.