O prefeito Beto Lunitti destacou a importância do momento para o desenvolvimento econômico. “Está diante de nós à constituição de uma nova matriz econômica. Este é um projeto coletivo que nasce dentro de um contexto muito positivo”. Beto afirmou que a sanção da Lei acontecerá na próxima sexta-feira, durante reunião do comitê que coordena os investimentos da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD). Beto também explicou sobre o encontro com a Companhia Paranaense de Gás (Compagas) realizado na sexta-feira (27). “Foi um encontro que definiu o papel de cada ator dentro do contexto do biogás”, salientou.
Um dos questionamentos foi relacionado ao custeio da instalação dos equipamentos nas propriedades. Beto explicou que dentro do Grupo de Trabalho sobre Energias Renováveis – com ênfase em biogás – de Toledo (GTER-BIOTOL) foi prevista esta situação. “Tivemos a inserção de instituições de crédito neste grupo. O Sicredi, que tem uma relação mais próxima com o produtor, e o Banco do Brasil são partícipes do GTER”. A intenção que por meio de programas de financiamento para os produtores rurais, estas instituições possam repassar com juros menores. “Cada instituição, dentro de sua área, vai ter sua política. Por isso convocamos todas elas desde o início para que houvesse uma compreensão da dinâmica e a seriedade do projeto”, afirmou Beto Lunitti.
Condomínios de Agroenergia
Atualmente o município conta com um projeto de implantação do primeiro Condomínio de Agroenergia do Lajeado Grande. Conforme o prefeito, o projeto tem implicações nas áreas econômica, social e ambiental. “Nessa gestão buscamos potencializar ações que solucionem os problemas existentes, sempre pensando em promover a sustentabilidade. Primeiro buscamos a solução de problemas ambientais, segundo estamos tratando uma questão de saúde, e terceiro, de qualidade de vida, aproveitando a grande abundância de matéria prima, devido à expressiva produção de suínos do município”, afirmou.
Segundo o secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, José Augusto de Souza, a Compagas irá realizar a implantação das redes coletoras. “A Compagas fez uma proposta de R$ 0,81 por metro cúbico de gás. Com este valor, a estruturação das propriedades para a produção do biogás se pagaria em um prazo de 3 a 5 anos. Este valor foi decidico em reunião interna da Cooperativa Primato juntamente com a Compagas”, comentou.
Mais produtores estão interessados em participar do projeto. Além do Condomínio de Agroenergia do Lajeado Grande, ainda existe o das Linhas Rocio, Recanto, Boiko e São Valentin e um para a região de Concórdia do Oeste. O prefeito Beto Lunitti disse que os produtores de suínos e bovinos de leite estão desejosos em fazer história. “Gerar energia, renda e junto com outros programas que o governo municipal tem em prol dos agricultores, como o Rodovias Rurais – Caminhos para o Desenvolvimento e o da Agricultura de Precisão fazer a sucessão das propriedades. Isto é o mais importante para os produtores e, consequentemente, para nós”, comentou.