De acordo com o deputado federal Moacir Micheleto (PMDB) em Brasília será realizado um grande manifesto iniciando com uma missa campal. “Os agricultores farão um gesto simbólico de abraçar o parlamento e depois haverão os pronunciamentos. Faremos também uma visita em todos os gabinetes dos deputados e senadores para mostrar a importância do debate, explicou Micheleto.”
O deputado, que esteve em visita a Toledo no último sábado participando de encontro do PMDB, conversou com a reportagem da Casa de Notícias e explicou como o processo do debate do Código Florestal está sendo conduzido. Ele relatou que foram visitados 23 estados brasileiros e levantadas as problemáticas de cada bioma? Da floresta, do serrado, da caatinga, mata atlântica, pantanal e outras microrregiões. A partir disso foi elaborado um relatório que em setembro do ano passado foi aprovado que será levado a votação no plenário. “Com isso temos um cronograma, pois já buscamos um entendimento no governo entre os ministérios da agricultura e meio ambiente. Fizemos um levantamento do que estava consensuado dentro do relatório do deputado Aldo Rebelo, e o que não estava consensuado nos ainda fizemos negociações entre ministros, técnicos e parlamentares. O que não houver consenso será votado democraticamente em plenário, e prevalecerá a maioria”, detalhou.
Não ao desmatamento
O projeto do novo Código Florestal busca a sustentabilidade e o desenvolvimento do país, disse na sexta-feira (1º) a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. Para ela, a agricultura brasileira não será sustentável se não proteger as nascentes dos rios e outros recursos naturais. Em sua visita a Curitiba, onde foi debater com produtores rurais, empresários e parlamentares a proposta de mudança na legislação em tramitação no Congresso Nacional, a ministra adiantou que o governo não permitirá mais desmatamentos em florestas nativas.
“Temos que proteger a biodiversidade, fazendo uso de instrumentos ecológicos mais modernos que permitam aumentar renda dos que têm florestas nas suas terras”, afirmou Izabella. Por isso, acrescentou, o Brasil está buscando alternativas para não ter mais desmatamentos em florestas nativas e reduzir as emissões de gases de efeito estufa.
De acordo com a ministra, desde o ano passado o governo vem apresentando propostas para as alterações do Código Florestal. “Estamos em contato permanente com o deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), autor do projeto que propõe a mudança, com deputados da bancada ruralista e ambientalistas para identificar alternativas para os problema apontados.”
Uma lei mais sólida, assinalou Izabella, evitará tragédias como a da região serrana do Rio, devastada por enxurradas e avalanches de terra no início deste ano. Ela estima que 90% dos prejuízos sofridos pelos municípios da região – quase mil pessoas morreram, cerca de 500 desapareceram e mais de 8 mil ficam desabrigados - ocorreram em consequência de ocupações inadequadas em área de preservação permanente.
Confira ainda entrevista em vídeo com o deputado.
Por Rosselane Giordani com agências
