O Programa Municipal de Agricultura de Precisão (PMAP) é aberto a todos os agricultores do município, mas prioriza os de pequeno porte, visando trazer economia e ampliar a produção, com aumento da renda para os beneficiários. Cada produtor pode ser atendido com no máximo 26 hectares. Nesta primeira etapa o Programa vai promover as ações na região do distrito de Novo Sarandi. “Optamos por concentrar nessa região no primeiro ano, por estas localidades estarem próximas, o que vai facilitar a coleta das amostras de solo e também as reuniões e a organização dos grupos”, explicou o secretário da SAA, José Augusto de Souza, lembrando que para 2015 deverá ser atendida a região dos distritos de Ouro Preto e Boa Vista.
A diretora de Desenvolvimento Agropecuário, Geni Serafin, explicou que o principal objetivo do programa é contribuir na questão da maior produtividade em uma mesma área, além de evitar o desperdício de produtos. “O objetivo é que o produtor tenha acesso a essa informação e possa fazer a correção do solo e seus investimentos de uma maneira mais consistente e mais específica buscando resultados mais eficientes”, comentou.
Durante a assinatura do contrato, o Sindicato Rural Patronal e o Sindicato dos Trabalhadores Rurais estiveram representados. Nelson Paludo, presidente do Sindicato Rural, comentou que com este mapeamento o produtor vai economizar calcário e vai produzir mais. “Então é um programa muito bom que vai aumentar a produtividade e ajudar o produtor a permanecer na propriedade”. Para Delvo Baldin, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, o programa é muito interessante, não somente para os produtores, mas para todo o município. “Toledo sai na frente novamente e os agricultores só tem a ganhar”, comentou.
A possibilidade de participar do PMAP permitirá que os produtores tenham a sua disposição um projeto que auxiliará na produção e nos cuidado com o solo. “Os produtores, pequenos e médios, que estão neste conjunto terão a possibilidade de, por 26 hectares, ter este instrumento tecnológico para verticalizar a produção”, expôs o prefeito Beto Lunitti.
Como funciona o PMAP
Diferente do trabalho realizado atualmente, em que as amostras são recolhidas aleatoriamente e este material serve para área total, na agricultura de precisão a análise é feita ponto a ponto. As áreas poderão ser de até 26 hectares por produtor e serão divididas em lotes de dois hectares, chamados de grids. Em cada um deles serão coletadas 12 amostras. “Com isso o produtor terá um mapeamento total da sua propriedade e a necessidade de cada grid, dando maior qualidade, evitando o desperdício de insumos e corrigindo adequadamente o solo”, comentou a diretora Geni Serafim. A ação vai diminuir custos com insumos para os agricultores, evitando a aplicação desnecessária de produtos, utilizando somente o que é necessário e apontando o que precisa ser corrigido.
Os produtores deverão assumir o compromisso de após terem em mãos a análise do solo e emissão do caderno de avaliação da propriedade adotar de imediato as recomendações contidas no documento. “O relatório digitalizado será utilizado por empresas que desenvolvem a agricultura de precisão e, por meio de GPS (Global Positioning System, em português Sistema de Posicionamento Global), irá realizar a aplicação de insumos necessários para aquele grid”, finalizou Geni.
