No relatório divulgado na quarta-feira (16) pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV e Aids (Unaids) indica que as novas infecções por HIV no Brasil aumentaram 11% entre 2005 e 2013. No ano passado, o país registrou 47% de todos os novos casos contabilizados na América Latina. Em Toledo, a realidade não é muito diferente, a cada ano, os casos de pessoas diagnosticadas com o vírus da AIDS aumentam. Dados repassados pelo Centro de Testagem e Aconselhamento/Serviço de Assistência Especializada (CTA/SAE) mostram que desde 2012, a 20º Regional de Saúde teve um aumento no número de pessoas diagnosticadas, entre os casos, os jovens são a maioria.
Nos 18 municípios que a 20º Regional de Saúde atende, somente em 2012 foram registrados mais 68 pacientes. Já em 2013 foram diagnosticados 80 pacientes. E neste primeiro semestre de 2014 já foram contabilizados mais 40 casos de infectados. Os dados foram repassados pela coordenadora do CTA, Suzana Guizzo. Os números mostram que mesmo com todas as campanhas de prevenção, os casos confirmados ainda aumentam.
Segundo a pesquisa da Unaids, os grupos particularmente vulneráveis a novas infecções e que representam uma parcela significativa de soropositivos incluem transgêneros; homens gays; homens que fazem sexo com homens; homens e mulheres que atuam como profissionais do sexo e seus clientes; e usuários de drogas. Porém, Suzana enfatiza que aqui na região da 20ª Regional o número entre homens e mulheres que são infectados são muito próximos. Outro dado preocupante é que a maioria das pessoas soro positivo são jovens entre 18 e 25 anos.
A coordenadora do CTA conta que a instituição é referência em atendimento para pessoas com soro positivo. Além disso, ainda destaca que possuem uma equipe multifuncional, contendo enfermeiros, psicólogos, assistente social, farmacêutico, entre outros profissionais da área da saúde que auxiliam no tratamento. “Assim que a pessoa é diagnosticada, fazemos um cadastro e então alguns exames. A partir daí, sabemos qual o tipo de medicação a pessoa deve tomar. Além disso, ainda fazemos o acompanhamento do tratamento e oferecemos para a pessoa de 3 a 4 consultas anuais para saber como ela esta reagindo”, disse Suzana, enfatizando que todo o medicamento e tratamento oferecidos são gratuitos.