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GERAL

Frente Parlamentar para o Desenvolvimento da Indústria Têxtil e de Confecção do Brasil é instalada amanhã

Nesta terça-feira (05) será instalada no Congresso Nacional a Frente Parlamentar para o Desenvolvimento da Indústria Têxtil e de Confecção do Brasil. Lançada pela ABIT (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção) e integrada por deputados e senadores, a frente tem como seu principal desafio a reversão do déficit de US$ 6 bilhões do setor que já compromete os empregos de uma das principais cadeias produtivas do país. A reversão desse quadro significa a manutenção de 1,7 milhão de empregos.

04/04/2011 - 15:10


"Sou do Noroeste/Norte do Paraná, polo têxtil e de confecções, e sei da importância dessa indústria como indutora do desenvolvimento e da geração de emprego e renda. Hoje o setor emprega mais de 100 mil trabalhadores no Estado. Além disso, é responsável em grande parte pelo crescimento econômico das duas regiões paranaenses", afirmou o deputado federal Zeca Dirceu.
O Estado ocupa ainda o quarto lugar no ranking dos principais polos de produção têxtil no país. Segundo a Federação das Indústrias do Paraná, o segmento reúne mais de 5,5 mil indústrias em atividade, representando o segundo maior empregador industrial do Estado (aproximadamente 15% das vagas). "São números muito bons para o Estado. No Brasil, porém, para retomar o crescimento, superar o déficit, expandir o setor e torná-lo mais competitivo no mercado interno e nas exportações, é necessário uma série de medidas. Entre elas, condições mais equilibradas em relação aos concorrentes internacionais, redução da carga tributária, desoneração dos investimentos e das exportações, juros menores, dentre outras. Hoje, a principal concorrência do setor vem dos países asiáticos, como a China, onde a mão de obra é de baixíssimo custo para a produção. Além dos salários baixos, as empresas chinesas quase não têm encargos sociais.
Praticamente não existem impostos para a produção, o que acaba colocando os nossos produtos em desvantagem na hora da concorrência".
Já a indústria brasileira de confecção é ameaçada, por um lado, pela produção em larga escala e baixos salários dos países asiáticos, e por outro, pela concorrência de países desenvolvidos, que investem em inovação, tecnologia e moda. Para vencer isso e sobreviver à concorrência internacional, o Brasil precisa agregar valor à sua produção.
As condições impostas pelo mercado estão inviabilizando um dos setores mais importantes da economia brasileira no que diz respeito ao emprego. O custo da matéria-prima, no caso o algodão, inviabiliza toda a cadeia, já que é impossível repassar uma alta de quase 170%, além de outros fatores como a valorização cambial e a competitividade do setor frente ao mercado
asiático.
Segundo o deputado federal isto faz crescer uma preocupação imediata em todo setor com relação ao processo de desindustrialização que poderá ocorrer também no Brasil, como já aconteceu nos EUA e na Europa. "Precisamos de uma política tributária diferenciada e de incentivo fiscal para não deixar o segmento em desigualdade com produtos de outros países. Se cumprirmos com as medidas já elencadas até aqui, além de manter os 1,7 milhão de empregos, poderemos criar um milhão de novos postos de trabalho, segundo a ABIT – que representa 30 mil empresas instaladas por todo o território nacional. Precisamos de políticas de incentivo que visem à capacitação de mão-de-obra qualificada para suprir a demanda cada vez mais necessária e exigente. Mas não é só isso, precisamos de leis fiscais de incentivo para aquisição de máquinas e liberação de linhas de crédito. Além disso, é necessário encaminhar propostas à Reforma Tributária, voltando os olhos para o setor têxtil, que é penalizado pela concorrência estrangeira e pelas assimetrias provocadas pela guerra fiscal entre os estados brasileiros.
Destaco ainda a importância de inserção de novos projetos na área, de melhorar as pesquisas e inovações tecnológicas, investir nas universidades para que venham dar competitividade à indústria e, sobretudo, garantir o emprego do trabalhador. Para incrementar e fortalecer o segmento, as ações e atividades da Frente Parlamentar serão preponderantes. Ao iniciar as atividades, pretendo, em conjunto com os outros membros, evidenciar os temas e as principais discussões relacionadas ao setor, que venham a promover e ampliar as condições das empresas e dos trabalhadores desse segmento, na defesa dos seus interesses".

 

Da Assessoria

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