Segundo o prefeito Beto Lunitti, a medida fortaleceria o Ciscopar e impediria a criação de um novo consórcio. “Temos consciência que a responsabilidade dos municípios é a atenção básica, mas temos a obrigação de atender a urgência e emergência, por isso, a gestão das UPA’s via Ciscopar é um caminho para atendermos as demandas dos nossos cidadãos. É uma oportunidade de fortalecer o Ciscopar e tencionar agendas com os Governos para uma pauta favorável aos municípios”, afirmou.
As obrigações de cada instância foi destacado também pelo prefeito de Guaíra, Fabian Vendruscolo, que conta com uma UPA em construção no município. “Estamos em uma situação complicada. Acho interessante a proposta porque proporciona um futuro rateio dos custos da UPA, mas temos que ter precaução, pois a alta complexidade não é uma obrigação nossa e não temos mais recursos”, afirmou.
O gerenciamento das UPA’s por Consórcios Intermunicipais não é uma novidade. De acordo com a secretária de Saúde, Denise Campos, a medida já é adotada em diversos estados do país. “Foi a nosso pedido que o Ciscopar iniciou esse estudo, pois víamos como uma das soluções possíveis para abertura da UPA. Eu também partilho da opinião de que a Atenção Básica deve ser o nosso foco, mas com as dificuldades enfrentadas pelos municípios no setor da saúde, temos sim que nos voltar aos problemas pré hospitalares e hospitalar. Nessa balança, as necessidades da população são maiores”.
Apesar da presença de representantes de todos os municípios que compõem o Ciscopar, poucos prefeitos estiveram presentes. Segundo o prefeito de São José das Palmeiras, Nelton Brun os municípios precisam se ajudar. “Todos temos que aceitar, pois vão fechar cada vez mais esses hospitais pequenos e não teremos para onde levar nossos pacientes. Nós somos um município pequeno com pouco orçamento, mas vamos aceitar”, comentou.
Para o secretário executivo do Ciscopar, Vilmar Covatti, o assunto precisa ser aprofundado. “Fizemos esse estudo em apenas 20 dias e o primeiro impacto dos números assusta, mas nós temos que tratar o assunto hospitalar com urgência. Precisamos avançar nesse sentido. O SAMU precisa atuar mais e a UPA é importantíssima nesse sentido. É um assunto que precisa ser muito bem analisado e discutido, pois se incorporado ao Consórcio vamos quadriplicar o número de funcionários, por exemplo”. Novas agendas deverão ser realizadas para aprofundar o assunto.
Hospital Regional
Durante o encontro do Ciscopar o diretor da 20° Regional de Saúde, Odacir Fiorentin, leu ofício do secretário de estado da Saúde, Michele Caputo Neto, sobre o Hospital Regional, reafirmando a sua intenção de gerir o Hospital e aportar R$ 8 milhões em equipamentos.
O município de Toledo, em ofício ao governador Beto Richa, manifestou o aceite de fazer a doação do Hospital ao Estado, para tanto, legalmente o prefeito Beto Lunitti, só pode dar sequência ao processo se houver a manifestação de aceite do governador. “Para passar um patrimônio do município para o Estado precisamos o manifesto oficial do governador e assim podermos fazer as tratativas legais. Hoje o que mais agilizaria este processo, além da imediata manifestação do governador, seria que a destinação de parte do recurso proposto pelo Estado, fosse revertida para a finalização da obra, que vai atender não só a população de Toledo, mas também, todos os municípios da 20ª Regional de Saúde, ou seja, quase 400 mil habitantes. É um compromisso com o povo da nossa região, esperamos que o governador considere esta possibilidade quando se manifestar acerca do ofício deste prefeito”.
