Dando continuidade às ações de enfrentamento a mortalidade infantil em Toledo, a Secretaria de Saúde promoveu na sexta-feira (22) mais uma capacitação aos profissionais envolvidos. Desta vez, o tema abordado foi à estratificação de risco das crianças menores de um ano. O objetivo do município é melhorar, por meio das ações, os índices, que no último quadrimestre teve um aumento significativo - de 10.56% para 14.8%. O quadro preocupante foi registrado em todo o Paraná.
A capacitação foi realizada no Auditório Acary de Oliveira, na Prefeitura. Na ocasião, estiveram presentes servidores da Secretaria de Saúde de Toledo – entre eles médicos da Estratégia Saúde da Família (ESF), coordenadores de Unidade Básicas de Saúde (UBS’s), Agentes Comunitários de Saúde (ACS’s) – e representantes da 20° Regional de Saúde. Segundo a diretora de Atenção Básica, Luciana Andréia Rebellato, a intenção é que toda a rede, da Atenção Básica a maternidade, esteja interligada. “Estamos analisando os casos e trabalhando com os profissionais o fortalecimento da atenção, com ações de prevenção”, explicou ela.
Para a ACS e também gestante, Cristina Fornari Matoso, a interação entre os profissionais é essencial. “Com essa capacitação podemos melhorar isso, pois o Laboratório que disponibiliza os exames, por exemplo, tem que saber qual a importância e urgência dele para UBS. O médico precisa saber qual o papel do ACS no contato com as gestantes, e assim por diante, para que o trabalho de atenção seja feito de forma interligada e eficiente”, comentou.
Estruturação de ações
Segundo a secretária de Saúde, Denise Campos, Toledo está estruturando ações para o enfrentamento da tendência de alta. “É uma capacitação onde estamos focando as principais causas de mortalidade investigadas pela Vigilância Epidemiológica. Em conjunto pensamos algumas medidas preventivas que estruturassem nosso escopo de ações para esse enfrentamento”, afirmou ela. Entre as ações estão o planejamento familiar, controle e monitoramento de gestantes em risco por infecções no trato urinário e aumento das consultas das gestantes. Além disso, será realizada a centralização dos exames das gestantes em um único laboratório, assim como uma consolidação dos fluxos para média e alta complexidade.
Dentro do contexto de ações está o Ciscopar, que atualmente já faz parte da rede, sendo referência no risco intermediário. “Como o Hospital Bom Jesus está com dificuldade de fechar escala, nós estamos atrás de profissionais para ampliar o serviço e atender gestantes de alto risco também, atender consultas e intercorrências ambulatoriais”, afirmou o secretário executivo do Ciscopar, Vilmar Covatti. De acordo com ele, o problema tem sido enfrentado por todos os municípios. “Nós temos que enfrentar esse aumento e ter ações como essa que está sendo realizada aqui, de conscientização e envolvimento das equipes da Atenção Básica, que é a ordenadora desses serviços”.
A assistente social da atenção primária da 20° Regional de Saúde, Melania Marin, destacou que com a capacitação, Toledo sai na frente dos demais municípios. “Nesse momento é importante retomar as capacitações para os profissionais envolvidos e é o que a 20° Regional deve promover nos outros 17 municípios para evitar que esses números continuem a subir. Com essa ação promovida pela Prefeitura, Toledo se adianta no enfrentamento”, finalizou ela.
