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EDUCAÇÃO

Diretores das escolas municipais se reuniram para discutir o resultado do Ideb com a SMED

A Secretaria Municipal de Educação (SMED) realizou nesta quarta-feira (10), uma reunião de trabalho com os diretores das 36 escolas municipais de Toledo. A intenção era discutir os números do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que saíram na última sexta-feira (05), e apontar estratégias permanentes de acompanhamento da qualidade do ensino. O recuo no índice, apesar de superar a meta do Ministério da Educação, preocupou a SMED que está avaliando com diretores e na sequencia com os professores os fatores que levaram a este recuo, na avaliação prévia a ampliação da formação continuada foi um dos caminhos apontados. 

10/09/2014 - 21:20


Em Toledo nos índices do Ideb, que contemplam os anos iniciais do ensino fundamental, relativos ao biênio 2012 e 2013, recuou em relação à edição anterior (6,4), porém superou a meta do Ministério da Educação que era 5,8, registrando 5,9 pontos.

A Secretária de Educação, Tânia de Grandi comentou os números. “Houve um recuo e isso nos preocupa sim, mas a experiência nos mostra que um recuo acentuado é frágil estatisticamente, pois um índice não se constrói ou desconstrói num curto espaço, por isso hoje propomos esta reflexão, pois, quando produzimos bons índices somos responsáveis, quando os índices não são aqueles esperados, também nós nos sentimos responsáveis. Os 36 diretores se colocaram como também responsáveis, não fugiram de nenhuma responsabilidade, teve que ser uma discussão bastante árdua, para que pudéssemos produzir fatores que ali interferiram”.

As estatísticas do Ideb apontaram escolas que na última edição do Índice obtiveram bom desempenho, como a Escola Washington Luiz (7,9) e Tomé de Souza (6,5), nesta edição, elas estavam desobrigadas a realizar as provas, pelo pequeno número de estudantes.

Outra realidade são as escolas Arsênio Heiss, que no último Idep obteve nota 7,4 e nesta edição caiu para 5,6 pontos, enquanto a Borges de Medeiros que tinha 7,4 pontos nesta ficou com 6,7.

O gestor municipal anterior ofereceu em 2011 e pagou em 2012 um prêmio às três escolas melhor classificadas. Foram elas as Escolas Washington Luiz (7,9), Arsênio Heiss (7,4) e a Borges de Medeiros (7,4). “Primeiro é preciso dizer que a estatística nos mostrou que o principal fator do recuo de 6,4 para 5,9 foi o índice de reprovação, que em 2012 era 6, em 2013 melhoramos o indicador e reduzimos a reprovação para 5,61, mas isso não foi o suficiente e claro a variação geral, em especial de escolas que tinham um bom desempenho e no biênio 2012 e 2013 não mantiveram o mesmo desempenho”.

Ao ser questionada sobre o Prêmio oferecido as escolas bem classificadas no Ideb de 2011, a Secretária se mostrou reticente sobre a eficácia do incentivo, pelo menos, como foi trabalhado. “Veja, em 2012, foram pagos a três escolas, em torno de R$90 mil reais, dividido entre 98 servidores. Este prêmio foi para o Ideb de 2011. Hoje foi conhecido por todos os diretores a premiação que ocorreu em 2012, que a maioria dos diretores não conhecia, ele causa aí uma preocupação com a nossa prática pedagógica, com a avaliação, com o compromisso com o currículo escolar, com o compromisso com as equipes diretivas das escolas e com esta ação do professor, e o quanto ele se movimenta em termos de compromisso. É bem verdade que em 2012 e 2013 o município de Toledo não promoveu uma premiação para as escolas que obtivessem os melhores resultados”.

Tânia enfatizou que o encontro promovido hoje teve o intuito de refletir sobre todos os instrumentos que podem contribuir com a qualificação do ensino. “Propusemos aos diretores que façam a reflexão em cada escola, com todos os professores sobre a prática avaliativa, o planejamento pedagógico, a ação reflexiva da escola e da equipe pedagógica, formação inicial e continuada, aproveitamento da reflexão pedagógica, prática pedagógica contextualizada, compromisso com o currículo escolar e índice de aprovação, e também, como eles veem a questão da premiação para escolas. Cada diretor pode fazer uma avaliação do assunto, apontando sugestões e em breve promoveremos outro encontro para aprofundarmos e definirmos diretrizes”.

A Secretária advertiu que o MEC, quando anunciou o índice, mostrou-se preocupado com a qualificação dos professores, e que o município tem se antecipado e ampliado à formação continuada dos servidores. “Oferecemos 60 horas de formação continuada para o professor. Destas 40 horas no horário de expediente e 20horas por adesão fora da jornada de trabalho. Já aumentamos de 5 horas atividades passamos para 6 horas e em 50% das 36 escolas – já atingimos as 7horas previstas em lei. Aderimos ao Programa Nacional de Alfabetização na Idade Certa – onde temos 9 orientadores acompanhados e formados pela Universidade Estadual de Ponta Grossa que estudando semanalmente com 300 professores – é um Programa do MEC. E hoje com os diretores reafirmamos o compromisso de ampliar a formação continuada”.

 

A diretora da Escola Municipal Arsênio Heiss, Ivete Alves avaliou a reunião de trabalho promovida pela SMED. “Esta reunião foi importante para nos ajudar a refletir, sobre o que aconteceu para sair este resultado no Ideb. Nós imaginávamos que pudesse abaixar um pouco, mas não tanto. Então teremos que refletir, falar com a equipe, conversar para ver o que realmente aconteceu. Nós ainda não sentamos com a equipe toda da escola, somente mostramos para os professores o resultado do Ideb na hora do intervalo. E agora, vamos dar uma parada para fazer uma análise e ver o que realmente aconteceu”.  A Escola Arsênio Heiss obteve nota 7,4 no último Ideb e nesta edição ficou com 5,6. Em 2012, a Escola estava em entre as três melhores classificadas no ranking, e por isso, foi uma das contempladas que rateou o Prêmio de R$ 90 mil.

Ideb

O Ideb é um indicador geral da educação nas redes privada e pública. Foi criado em 2007 pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e leva em conta dois fatores que interferem na qualidade da educação: rendimento escolar (taxas de aprovação, reprovação e abandono) e médias de desempenho na Prova Brasil, em uma escala de 0 a 10.

 

 

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