Além disso, os preços mínimos do trigo não serão alterados na safra 2011, apesar do aumento do custo. A manutenção dos valores foi aprovada na reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN) em final de março e será anunciada oficialmente pelo Ministério da Agricultura.
Em dezembro do ano passado as entidades encaminharam uma série de propostas para a política de trigo ao MAPA. Entre as solicitações estava a prorrogação do prazo da nova classificação. Esta proposta foi motivada porque os materiais de informação comercial das variedades de trigo das empresas obtentoras de sementes ainda estavam levando em consideração a classificação antiga. Portanto, não havia tempo hábil para pesquisa e para que as empresas fizessem a readequação da indicação das variedades conforme nova classificação.
Outra preocupação levantada pelas entidades é a questão da comercialização. Para dar maior liquidez á comercialização do trigo nacional e garantir renda aos produtores, as entidades também solicitaram salvaguardas contra as importações, aumento da Tarifa Externa Comum (TEC) para o trigo e seus derivados para o mínimo 35% devido aos subsídios recebidos pelos produtores norte-americanos e canadenses e à política cambial desfavorável aos produtores brasileiros. Além disso, pediram limitação e controle das importações anuais a 40% do consumo interno, definição de período de importação para não permitir a importação durante os meses de comercialização do trigo nacional e também a suspensão da autorização automática de importação do trigo e da farinha de trigo. Nenhuma dessas medidas foi adotada pelo Governo Federal
Confira no Boletim Agropecuário o comentário de João Luis Nogueira - técnico do escritório regional de Toledo do Departamento de Economia Rural sobre essa questão e as projeções para a área de plantio de trigo no Paraná e Região Oeste
Por Rosselane Giordani
