A campanha de vacinação contra a poliomielite e o sarampo começa no próximo dia oito e segue até 28 de novembro. Os sábados oito e 22 serão os dias de mobilização nacional, quando postos de todo país ficam abertos para intensificar a campanha. Em Toledo, todas as Unidades Básicas de Saúde, tanto da cidade, quanto do interior ficarão abertas para receber as crianças. Tanto nos dois dias D, quanto no decorrer da semana.
No caso da poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, a população-alvo inclui crianças a partir de seis meses até cinco anos incompletos. Serão distribuídas 17,8 milhões de doses orais (vacina em gotas). O Ministério da Saúde, no entanto, recomenda a vacina injetável para as crianças acima de seis meses que estão com o esquema de vacinação atrasado.
Já na imunização contra o sarampo, a faixa etária do público-alvo é a partir de um ano até cinco anos incompletos. Serão distribuídas 12,5 milhões de doses da vacina tríplice viral, que protege também contra a caxumba e a rubéola. A campanha, considerada de seguimento, é realizada a cada cinco anos.
Segundo a secretária de Saúde de Toledo, Denise Campos, a meta é atingir 90% do público-alvo. “Ficaremos com as UBS’s abertas das 8h às 17h para que todas as crianças possam ser vacinadas. A campanha começa no dia oito, porém as unidades também estarão vacinando durante a semana”, contou. Denise ainda disse que como os postos estarão abertos nos finais de semana, os pais podem levar as crianças com tranquilidade, “já que muitos trabalham durante a semana e não tem tempo”. Além disso, a secretária ainda destacou a importância das crianças de todo o município receberem a vacina. “A importância está em salvaguardar as crianças, a saúde delas e não comprometê-las na idade adulta”, completou.
O secretário de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, destacou que as vacinas são seguras e recomendadas pela Organização Mundial da Saúde. No caso da vacina oral e da injetável contra o sarampo, as reações são consideradas raras e, no caso da dose contra a pólio, as reações incluem febre ou dor no local da aplicação.
O Brasil é considerado livre da poliomielite desde 1990. Em 1994, recebeu da Organização Pan-americana de Saúde a certificação de área livre de circulação do vírus. O ministro da Saúde, Arthur Chioro, lembrou que a continuidade das campanhas é fundamental para evitar a reintrodução da doença no país. Entre 2013 e 2014, dez países registraram casos de sarampo, sendo que três deles são considerados endêmicos (Paquistão, Nigéria e Afeganistão). "O Brasil recebe uma quantidade grande de turistas e nós também saímos muito do país. É preciso que essa arma de prevenção, que é a vacina, seja utilizada", destacou.
A poliomielite, segundo o ministério, é uma doença infectocontagiosa grave. Na maioria dos casos, a criança, quando infectada, não morre, mas adquire sérias lesões que afetam o sistema nervoso e provocam paralisia irreversível, principalmente nos membros inferiores.
Já o sarampo é uma doença viral aguda grave e altamente contagiosa. Os sintomas mais comuns incluem febre alta, tosse, manchas vermelhas, coriza e conjuntivite. A transmissão acontece de pessoa para pessoa por meio de secreções expelidas ao tossir, falar ou respirar. A única forma de prevenção da doença é a vacinação.