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SAÚDE

Superintendente do Hospital Bom Jesus anuncia aos prefeitos do Ciscopar o fechamento de 10 leitos de UTI

A alegação é a falta de pagamento pelo Governo do Estado desde fevereiro deste ano.

04/11/2014 - 09:56


Durante a Assembléia Extraordinária do Consórcio Intermunicipal de Saúde Costa Oeste do Paraná (Ciscopar) realizado na segunda-feira (03) em Toledo, a superintendente do Hospital Bom Jesus, Michelle Okano Anzanello informou que o Hospital deverá fechar dez leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) dentro de 60 dias. A alegação é a falta de pagamento pelo Governo do Estado desde fevereiro deste ano.

Os leitos foram repassados ao Hospital Bom Jesus pelo Governo do Estado. Até que sejam realizados os credenciamentos no Ministério da Saúde, o pagamento pelos serviços que passariam a ser feitos pelo Governo Federal é de dever do Governo do Estado, que segundo alega o Hospital, está em atraso. O credenciamento ainda não foi realizado devido à irregularidades do Hospital junto a Vigilância Sanitária.

Segundo o diretor da 20° Regional de Saúde, Odacir Firentin, o Hospital havia manifestado oficialmente o fechamento no dia 6 de outubro, mas que após reunião com o secretário de Estado da Saúde em Curitiba havia voltado atrás. “No dia 13 em Curitiba foi proposto novos investimentos no Hospital, como os recursos para construção de uma torre de quatro andares no terreno do Hospital pago pelo Estado e com o projeto financiado pela Prefeitura de Toledo. Além disso, foi discutida a formalização de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para o que o Hospital tenha mais tempo para as adequações da Vigilância Sanitária e nessa ocasião a superintende do Hospital afirmou que os compromissos assumidos eram satisfatórios e que não fecharia os leitos de UTI do hospital”, explicou.

Sobre os pagamentos, Fiorentin destacou que os processos são burocráticos. “Às vezes, se falta um documento esse pagamento é impossibilitado de ser realizado pela auditoria que é feita no município e novamente no estado”, comentou ele.  

Em contrapartida, a surperintende do Hospital Bom Jesus, Michelle Okano Anzanello, afirma que o HBJ não tem condições de manter os serviços sem o pagamento. “Estamos com um prejuízo de R$ 90 mil por mês. Faltou maturidade para todos nós e agora estamos nessa difícil situação novamente. Eu sei o quanto é difícil, mas se não fecharmos as UTI’s teremos que fechar o Hospital, pois não conseguirmos manter”, afirmou ela ao destacar que os leitos continuarão atendendo normalmente durante os 60 dias.

Na ocasião, o prefeito de Toledo Beto Lunitti, fez um apelo à superintende do Hospital destacando o esforço do município. “É bom que estejam todos os municípios do Ciscopar aqui presentes para que tenham ciência de que este fato não tem ligação com a Prefeitura de Toledo, que tem buscado sempre o diálogo e o incentivo ao Hospital, como por exemplo, com o aporte de R$ 62 mil para a execução do projeto para construção da torre”.

Após a discussão, o presidente do Ciscopar, Jucenir Stentzler, solicitou um levantamento do recurso financeiro necessário para o não fechamento das UTI’s. “Com isso, poderemos incluir essa pauta na discussão que teremos com o Governo Estadual e Governo Federal na próxima semana”, finalizou ele.  

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