De acordo com o promotor de meio ambiente, Giovani Ferri, desde o ano passado a Promotoria vem acompanhando a questão dos ecopontos. Ele informa que a prefeitura havia designado um local para que fosse construído, mas em vistoria juntamente com o Instituo Ambinetal do Paranáia constatou-se que o local era inadequado por ser muito próximo a residências. “Estamos novamente discutindo com o município o local adequado e devidamente licenciado”, disse Ferri que informou ainda que a questão está sendo debatida no Conselho de Meio Ambiente.
O promotor afirmou que se tem cobrado da Secretaria medidas para resolver a questão. “Ao mesmo tempo que adotamos medidas contra a população que deposita lixo em lugares inadequados, nós não temos ainda locais definidos na cidade para isso. Temos a cooperativa, que tem um depósito para material reciclável próximo a Guarda Municipal. Qualquer cidadão pode levar seu material lá. Temos a coleta de pneus. Mas em linhas gerais não temos um local adequado para o móvel velho, restos de vidro”, avaliou Ferri. Ele salienta, porém, que na questão do gerenciamento de resíduos de materiais de construção o processo está sendo regularizado. “Há um inquérito instaurado na Promotoria e já existe um lugar com licenciamento em andamento”, explicou. Sobre isso o secretário de Meio Ambiente informou que a prefeitura fez um convênio com a Fundação Universitária para elaborar um projeto de gerenciamento de resíduos da construção civil. “Já está sendo desapropriada uma área junto ao aterro local para a destinação do resíduo do pequeno gerador. Já o grande gerador tem que fazer o plano de gerenciamento do seu resíduo como prevê resolução do Conama”, informa Hoffmann.
Na opinião do promotor a questão da conscientização ainda precisa avançar. “Ainda falta um trabalho de conscientização muito grande”, diz Ferri que salienta, entretanto, que a deficiência na questão da estrutura de fiscalização compromete o trabalho. “Temos hoje um fiscal ambiental no município, devido a solicitação da Promotoria no ano passado. Temos que triplicar a fiscalização. Para um município com 120 mil habitantes precisamos no mínimo de três fiscais para apurar e punir os casos de infração”, avalia o promotor que relata ainda que “toda semana, dia sim dia não a Promotoria instaura inquéritos multando pessoas que estão desovando pneus, lixo em geral em áreas de rios e de proteção ambiental”.
Sobre a questão da falta de consciência ambiental da população a opinião do secretário de meio ambiente é de ‘mea culpa’. “Eu vejo que há consciência ambiental, o que está faltando é estrutura para que as pessoas façam o destino adequado do seu resíduo. Então não é tanto de consciência, mas sim de estrutura”, avalia e frisa ainda: “a partir do momento que você dispõe para população a solução ela vai participar. Não tem como fazer um trabalho de conscientização, sem dispor e oferecer alternativas. Eu creio que a população está muito consciente, o que falta é estrutura”, ratifica o secretário de meio ambiente.
Segundo Hoffmann a secretaria tem trabalhado para melhorar essa questão, citando como exemplo o estudo da viabilização dos ecopontos. “Estamos estudando um novo local e nova licitação será feita”. Ele lembrou ainda que para as pessoas que tem um inservível, um móvel velho pode destinar à Associação de Catadores que irá fazer a triagem e dar uma destinação correta. “As pessoas podem levar a associação que tem ponto de recebimento em frente a Guarda Municipal e outro ponto na Avenida Maripá próximo a Sanga Pinheiro ou também levar em horário comercial no aterro. O secretário explica ainda que no caso das lâmpadas, embora haja uma lei que prevê que é obrigação do gerador dar uma destinação os municípios tem sido parceiros nessa coleta. “O que tem acontecido é que o G- 22 – grupo de municípios do Paraná que produzem 90% do resíduos do estado- trabalha conjuntamente com a Secretaria Estadual de Meio Ambiente. Nós recolhemos as lâmpadas e quando tem uma carga de caminhão comunicamos a Associação Brasileira de Indústria Fluorescente que vem recolhe e dá o destino adequado”, explica Hoffmann que informa ainda que há várias empresas que recebem e encaminham para aterros industriais.
O secretário de meio ambiente argumenta ainda que a secretaria têm um projeto em estudo de colocar cerca de 200 contêiners para material reciclável na região central da cidade. “Eles seriam colocados nas esquinas, e a população poderia ir lá e depositar os recicláveis e depois a prefeitura recolheria e repassaria a associação de catadores. Hoffmann argumenta que essa é uma das ações que se somaria aos ecopontos, mas que outras ações são necessárias. “Os ecopontos seriam um dos projetos, a idéia é também aumentar a coleta seletiva porta a porta e fazer mudanças para dar maior efetividade ao serviço”, diz. Ele frisa novamente que “tudo passa pela estrutura” que na sua opinião está sendo melhorada e ampliada.
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Por Rosselane Giordani
