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GERAL

Vigilância alerta para necessidade de combate permanente à dengue

O índice de infestação do mosquito da dengue em Toledo está acima do preconizado pela Organizado Mundial de Saúde, o que coloca o município como risco médio de epidemia. O alerta foi feito pela diretora do Departamento de Vigilância em Saúde, Luciane Raquel Gromowski Alcará, com base no último Levantamento Rápido de Infestação do Aedes aegypti (LIRAA), concluído em março.

14/04/2011 - 13:52


Ele apontou um índice de 4%, enquanto o recomendado pela OMS é de até um por cento. O levantamento é feito a cada três meses e visa verificar os riscos de epidemia da dengue que o município está sujeito. Para o estudo foram vistoriados 1.725 imóveis no município.
“A população precisa estar constantemente em alerta. A dengue deve ser combatida todo o dia”, afirma ela, pedindo a colaboração da população evitando o acúmulo de água ao ar livre. O mosquito da dengue se prolifera em águas paradas e o calor acelera o período de reprodução. Segundo ela, muitas pessoas pensam que com a chegada do inverno os riscos diminuem. Na verdade, explica ela, o frio não mata o mosquito, como muitos pensam equivocadamente. Ele apenas prolonga o ciclo de reprodução. “Se vier uma geada, vem o sol depois, o gelo derrete e a água que se forma serve para o desenvolvimento do mosquito”, ensina pedindo atenção da população também neste período.
Conforme ela, os cuidados devem ser constantes, com limpezas regulares no pátio, inclusive com a retirada de folhas que podem acumular água, recolhimento de recipientes, limpeza de pratos de vasos de plantas, das vasilhas para alimentação de animais, entre outros cuidados. As calhas também devem ser mantidas limpas e as caixas de água bem fechadas.
O campeão no ranking de locais contaminados é o prato de vasos de plantas. A principal recomendação para diminuir o risco de infestação é colocar areia nos pratos. Em seguida aparecem as vasilhas para alimentação dos animais. Elas devem ser lavadas com bucha pelo menos uma vez por semana, retirando os ovos do mosquito, que se depositam nas paredes. Outro problema frequentemente detectado, segundo a diretora do Departamento de Vigilância em Saúde, é com relação ao reaproveitamento de água da chuva ou de da máquina de lavar. Ela deve ser armazenada em recipientes bem fechados.
Os agentes também encontraram focos de mosquito em banheiros de clubes ou de residências, pouco utilizados. Eles devem ser lavados ou acionada a descarga pelo menos uma vez por semana, evitando assim que a água parada sirva para a criação do mosquito.
O levantamento do LIRAA mostrou também os bairros com maior e menor incidência do mosquito. Os moradores dos Jardins Europa e América estão fazendo a lição. Nestes dois bairros foram registrados os menores índices de infestação. Outras regiões da cidade, no entanto, precisam de um puxão de orelha. É o caso dos bairros Santa Clara 3, centro e Jardim Panambi, que apresentaram os maiores índices de infestação do mosquito.
Toledo teve até agora, neste ano, sete casos de dengue importados e quatro autóctones, além de 33 suspeitos, que estão sendo analisados. Diante da situação, o município intensificou a fiscalização e aplicou 26 multas a moradores que não estão cumprindo as orientações. A multa, implantada a partir de 2010, está sendo a última alternativa no caso de reincidência. “O morador é orientado e se não seguir as orientações é multado”, justifica Luciane. A multa pode variar de 1 a 10 unidades de Referência de Toledo (URT), hoje variando de R$ 46 a R$ 460,00. “A multa está sendo a última alternativa para forçar a população a também fazer a sua parte. A dengue é uma questão de saúde pública, porque ela contamina a família, mas também pode prejudicar o vizinho”, frisa a diretora do Departamento de Vigilância em Saúde, pedindo que a população, além de manter os quintais de suas casas em dia, denuncie quando verificar problemas em quintais vizinhos. Ela também pediu aos moradores que autorizem a entrada dos agentes nas casas. Eles têm o poder de fiscalizar, mas também de orientar sobre os cuidados que devem ser tomados para evitar a proliferação do mosquito e consequentemente de casos de dengue e febre amarela.

 

Da Assessoria - Toledo

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