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EDUCAÇÃO

Professores e funcionários das escolas estaduais aprovam greve a partir de segunda

Uma assembleia que reuniu mais de cinco mil professores e funcionários da rede estadual de ensino aprovou, na manhã, deste sábado (7) em Guarapuava, greve geral a partir desta segunda-feira (9). Com a decisão, o ano letivo que começaria na segunda fica suspenso, com isso mais de duas mil escolas no estado ficarão sem aulas. A greve é em respostas as medidas do governador Beto Richa, que afrontam conquistas da categoria, além do “pacotaço”, enviado a Assembleia Legislativa, na última semana. A greve é por tempo indeterminado. 

07/02/2015 - 12:24


Para a APP Sindicato a greve é em resposta as medidas de contingência do governo estadual, que prejudicam a educação e aos servidores. Abaixo a entidade elenca algumas medidas.

- Cancelamento do processo de eleição dos diretores e diretoras das escolas ;

- Tarifaço final de ano – Além de penalizar toda a população paranaense com aumentos do IPVA, e a tarifa de ICMS de mais de 95 mil produtos, atacou a previdência pública, taxando em 11% o salário dos aposentados do estado bem como criou o fundo complementar para os futuros servidores públicos;

- Impedimento de matrículas para 6º anos do Ensino Fundamental e 1º ano do Ensino Médio em muitas escolas de pequeno porte, especialmente as escolas do campo;

- 29 mil professores(as) PSS – contratados temporários – com atrasos de pagamento, sem acertos da rescisão, demitidos sumariamente.

- 10 mil funcionários(as) de escola afastados com a promessa de corte de 30 % deste efetivo;

- Não pagamento de 1/3 das férias – cerca de R$ 150 milhões.

- Não pagamento de promoções e progressões de professores(as) e funcionários(as) durante todo o ano de 2014, direito esse garantido pelos Planos de Carreira dos dois segmentos. Essa dívida já soma 90 milhões.

- Atraso sistemático no repasse de parcelas do fundo rotativo – esse recurso são utilizados para a manutenção e pequenos reparos nas escolas.

- atrasos do pagamento de convênios com escolas, entidades da educação especial, escolas itinerantes da reforma agrária.

- cancelamento da distribuição de aulas feitas em dezembro.

- Retomada de portaria antiga sobre o porte de escola – portaria esta que reduz horas para direção das escolas, número de pedagogos e pedagogas, funcionários(as) em número insuficiente para manter as escolas em condições de atender adequadamente os(as) estudantes.

- Superlotação de alunos(as) em salas de aulas.

- As mensagens de lei 01/2015 e 02/2015, enviadas pelo governador Beto Richa, segundo a APP Sindicado promovem um ataque com retirada de direitos de todos os segmentos dos trabalhadores em Educação, inclusive os aposentados. A proposta prevê a extinção dos quinquênios e torna mais difícil a retirada de licenças (que passam a ser aprovadas diretamente pelo secretário de Educação). A medida também promoveu cortes no vale-transporte e amplia a contribuição para a aposentadoria.

Mobilização

Os professores e funcionários concentraram esforços para sensibilizar os deputados estaduais para que não aprovem o “pacotaço”, para isto está previsto um acampamento em frente à Assembleia Legislativa, durante a semana. Com o objetivo de esclarecer a população sobre os motivos da greve a APP Sindicato vai promover diversas mobilizações no interior do Estado.

“A categoria, em peso, vai tentar impedir que essas propostas absurdas sejam votadas na Assembleia. O ‘pacotaço’ tenta acabar com direitos que os professores levaram mais de 60 anos para conquistar”, destacou. Alguns professores devem ir às escolas, mas apenas para explicar a pais de alunos os motivos pelos quais a greve foi deflagrada pela categoria.

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