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Comissão de Ética indica cassação de Eudes Dallagnol e Gian de Conto

Nesta sexta-feira (20), o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara de Vereadores de Toledo se reuniu para debater sobre a situação da suposta compra de votos pelos vereadores Gian de Conto (PPS) e Eudes Dallagnol (SD). A situação ocorreu no final de 2014, dias antes da votação para a nova presidência da mesa da Casa. Neste encontro, o Conselho decidiu pela indicação de cassação dos dois vereadores envolvidos no caso.

20/02/2015 - 19:38


Foi em dezembro de 2014 que os vereadores Gian de Conto e Eudes Dallagnol foram apontados pelo Ministério Público do Paraná (MPPR) por suposta corrupção ativa. Em gravações feitas pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) mostram os dois na tentativa de compra de voto de um vereador. Após análises feitas pelo MP, os dois vereadores foram afastados de seus cargos.

Segundo o vice-presidente do Conselho de Ética e relator, Tita Furlan (PV), já foi feito um inquérito pelo MP onde estão provas que mostram que os dois vereadores tentaram realizar a compra de votos. “Enquanto relator do processo é evidente que eu vou solicitar, e eles vão ter que vir explicar. Mas todo o processo já foi feito, toda a investigação já foi feita pelo Ministério Público e trouxe a nós provas inequívocas de que realmente houve a tentativa de conquistar a presidência da mesa de forma imoral, ilegal”, afirmou. “Não cabe a mim, enquanto relator, outra atitude a não ser apresentar solicitação no sentido de cassação dos dois vereadores”, completou.

Agora, Tita Furlan fará o relatório, com a decisão da Comissão de Ética e depois de aprovado será encaminhado a mesa diretora. “Vou apresentar o relatório para o Conselho de Ética e aí será encaminhado à mesa diretiva da Câmara. E quem abrirá o processo de cassação é a mesa da Câmara”, informou Tita.

Perguntado ao presidente do Conselho, vereador Vagner Delabio (PMDB) da possibilidade de renuncia dos vereadores, o mesmo afirmou que até o momento não houve sinal de intenção de renúncia ao cargo em relação aos vereadores acusados. “A partir do momento que o processo de cassação é instaurado, eles não têm mais direito de renúncia”, contou.

Outros envolvidos

Sobre o possível envolvimento de outros vereadores no caso Delabio disse que até o momento, nenhuma prova mostra o envolvimento de outros vereadores envolvidos no caso de compra de votos. “Hoje, o Conselho de Ética não tem nada em mãos que sugere a investigação de outros vereadores”, contou o vereador Vagner Delabio.

Delabio conta que nas gravações, o vereador Gian de Conto afirma que há um grupo “fechado” com ele, “o que não sugere esquema de compra de votos, apenas, em linguagem política, que foram firmados apoios”.

Tita Furlan disse que nas gravações feitas pelo Gaeco e assistidas pela Comissão de Ética, o vereador Eudes Dellagnol e Gian de Conto se expões, claramente, no intuito de conseguir a presidência da Câmara de Vereadores a partir da compra de votos.

A posição do conselho é pela cassação, o único vereador que se posicionou contrário foi o vereador Expedito Ferreira, o Gasolina. "O meu voto, e dos vereadores Vagner Delabio, Lucio de Marque e Marcos Zanetti foram para abrir o processo de cassação",  afirmou Tita.

Outro Processo

O Conselho de Ética ainda debateu nesta sexta-feira (20) sobre uma acusação feita pelo vereador Adriano Remonti (PT) de ato de corrupção supostamente praticado pelo vereador Neudi Mosconi. A denúncia diz que o vereador teria negociado votos visando à presidência da Câmara, em troca de cargos ao seu partido, o Solidariedade, na Administração. “O vereador Adriano Remonti pediu que o Conselho de Ética tomasse providências sobre o assunto. Remonti queria que fosse aberto um processo também”, contou Tita.

O vice-presidente do Conselho de Ética, Tita Furlan, afirmou que o entendimento da Comissão é que não houve corrupção. “Eu não concordo e existe uma diferença entre negociação e negociatas, eu sou frontalmente contrário a qualquer tipo de acordo no sentido do toma lá da cá, você tira a minha base que eu te dou cargos, mas infelizmente isso é uma prática comum vista na República. Então a gente acabou deliberando no sentido de que o caso do vereador Mosconi não era passível de se transformar em uma representação. Então esse caso foi arquivado”.

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