No início da tarde desta segunda-feira (23), o vereador Gian de Conto, investigado por suposta corrupção ativa, renunciou ao cargo. A decisão veio após o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar decidir que encaminharia à Mesa Diretora, o pedido de cassação dele e do vereador Eudes Dalagnol, ambos acusados pelo Ministério Público de corrupção ativa.
Conforme o presidente do Conselho, vereador Vagner Delabio, a partir de agora os processos vão correr separados, já que o requerimento para cassação do vereador Gian de Conto não será mais encaminhado para a Mesa, pois é desnecessário. “O processo do Eudes (Dallagnol) corre normalmente, e o relatório segue para Mesa ainda hoje (24), sendo que a Mesa não tem um prazo para dar continuidade no processo”. Já os processos cível e criminal, seguem normalmente.
A renúncia dá ao vereador De Conto, a garantia de que seus direitos políticos sejam resguardados. “Ele não perde o direito de se candidatar nas próximas eleições, o que aconteceria apenas se ele fosse caçado. Como o Eudes não demonstrou interesse em renunciar, caso o processo se encerre com cassação, ele não poderá mais se candidatar”, explicou Delabio.
Já o vereador Expedito Ferreira (Gasolina) teve seus direitos políticos caçados, em primeira instância, por conta da contratação de um estagiário que tem relação de parentesco com o mesmo. As primeiras informações davam conta que a cassação dos direitos políticos era decorrente ao processo que também tramita no judiciário, que investiga uma viagem a Minas Gerais, juntamente com outros vereadores.
Segundo o presidente do Conselho de Ética, Gasolina irá recorrer, sendo que não há nada que envolva o Conselho até o momento. “Houve uma desinformação no processo de contratação dos estagiários, se poderia ou não contratar alguém com aquele grau de parentesco”.
O vereador Expedito reafirmou que entrou com recurso sobre a decisão do juiz, e aguarda resultados positivos no processo e ressaltou que caso haja necessidade, encaminhará recurso para terceira instância. “Acho uma injustiça, pois estagiário não é cargo de confiança, e é uma ocupação temporária. Quando foi iniciado o projeto de contratação de estagiários, não tínhamos a informação que isso daria problema. Não temos receio de que isso seja um caso de nepotismo”, destacou.
Em relação ao processo que questiona a viagem dos vereadores Expedito Ferreira Ademar Dorfschmidt e os então vereadores João Martins e Paulo dos Santos, a Minas Gerais, onde eles não teriam participado de todas as atividades do curso na cidade mineira e recebido diárias indevidamente, Vagner Delabio afirmou que ainda não há nenhuma informação e o processo deve seguir no Fórum.