Na manhã desta quarta-feira (04), milhares de educadores se reuniram em Curitiba para a Assembleia Estadual da APP Sindicato, para definir o futuro da greve. Após discussão, a categoria optou por continuar com a greve por tempo indeterminado, que já dura 24 dias. Além disso, outra grande conquista foi que neste mesmo dia, a Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), votou por unanimidade o fim do regime de comissão geral.
Após a assembleia da categoria, todos os professores e funcionários que estão na capital paranaense, fizeram uma grande caminhada até o Centro Cívico, onde o acampamento dos educadores permanece. Segundo o presidente da APP Sindicato, Hermes Leão, a grandiosidade da assembleia dá respaldo à decisão de continuar com a greve. “Além de considerarmos insuficientes as respostas que o governo do Estado deu aos nossos itens de pauta, também consideramos as conversar que tivemos, com o conjunto de diretores de escolas, que nos apresentaram a incapacidade das escolas de receber os alunos neste momento”, enfatizou.
O Governo do Estado, em nota, lamenta a decisão tomada na assembleia da categoria. “O Governo espera que os professores e servidores da Educação reavaliem a decisão e retornem às salas de aula o mais breve possível, para que os estudantes e suas famílias não sejam ainda mais prejudicados por uma paralisação que não têm mais justificativas”, diz um trecho da nota. Segundo a nota, o governo atendeu toda a pauta de reivindicações apresentada pela APP durante as negociações.
Além disso, nesta quarta-feira, durante a sessão da Alep, foi aprovado por unanimidade o fim do regime de comissão geral (tratoraço), que acontece quando todas as votações de um projeto ocorrem em um único dia. De acordo com Leão, esta foi outra vitória da categoria, especialmente após a ocupação da Alep, no dia 10 de fevereiro, e com o grande ato, realizado no dia 12 de fevereiro, que interrompeu a sessão que ocorreria no restaurante da Assembleia. “A nossa luta já mudou a conjuntura do Estado”, avaliou.
Negociação
No último sábado (28), o Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) determinou a volta às atividades dos docentes do último ano do ensino médio. O prazo para o cumprimento da decisão se esgotou nesta quarta-feira. O APP Sindicato diz que não tem como cumprir a ordem judicial e pediu, por meio do tribunal, para que o governo do estado indique os locais e os professores que devem voltar às aulas. A entidade quer que o TJ agende uma audiência de conciliação com o governo estadual para discutir os pontos em impasse.
Com informações da APP-Sindicato e Agência Brasil