O projeto vem sendo realizado desde de outubro do ano passado pelo pesquisadores Crislaine Colla - Mestre em Desenvolvimento Regional e Agronegócio- e Valdir Antônio Galante - Mestre em Economia Rural, e deve ser concluído até o fim deste ano. De acordo com os pesquisadores existe um desalinhamento entre as expectativas que a sociedade tem e aquilo que é realizado efetivamente pelo poder público. “O objetivo é tentar aproximar essas percepções e melhorar o aproveitamento dos recursos públicos e também do resultado para a sociedade em geral”, explicou Galante.
Crislaine explica que a metodologia prevê que sejam realizadas em uma primeira fase algumas entrevistas com 20 líderes da sociedade, contemplando diversos segmentos como o comércio, indústria, educação, produtores rurais. Os líderes responderam a um questionário que endaga vários pontos como: qual é a percepção de Toledo atualmente; como veem Toledo em 2030, apontando também quais são os principais gargalos e o que prejudica o crescimento; e como veem Toledo no contexto da região oeste. “Nós vamos avaliar as variáveis colocadas por esses líderes e verificar se realmente é o que a população almeja. E a partir dessas primeiras informações verificar se há consonância entre o que os lídres apontam e o que a população percebe”, explicou Crislaine . Os pesquiadores relataram que após o fechamento da pesquisa será formulada uma carta compromisso que será endereçada aos postulantes a cargos eletivos em Toledo nas eleições de2012.
PRIMEIROS APONTAMENTOS
Segundo os pesquisadores os primeiros apontamentos obtidos na pesquisa dão conta das prioridades e o que a sociedade espera do poder público. “Os postulantes poderão ter um retorno do que a população espera”, diz Galante.
Crislaine relata que os primeiros apontamentos indicam percepções negativas dos líderes sobre questões como o trafego na cidade, gargalo logístico, e falta de planejamento em estrutura que pode trazer problemas para daqui a há 20 anos. A pesquisadora relata ainda que no aspecto educação, os líderes apontam como prioridade o desenvolvimento da base da educação, e ainda coloca-se a necessidade de formação de técnicos. “Existem cursos na cidade, mas não há demanda”. Outro apontamento da pesquisa problematiza a questão da saúde. “Este é um ponto muito citado, a deficiência que se tem, a falta de especialidades”, relata. Gallante salienta que essas são as primeiras percepções advindas das entrevistas com os líderes, que sinalizam ainda que “não existe um planejamento de um projeto de desenvolvimento para daqui a 20 anos”.
Confira entrevista completa em vídeo que dá seqüência a série de reportagens produzidas pela Casa de Notícias sobre desenvolvimento regional.
Por Rosselane Giordani
