As manifestações dos servidores públicos do estado na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) continuam á todo o vapor. A estimativa é que sete mil pessoas estejam neste segundo dia de greve reunidas contra o projeto que promove mudanças no Paranáprevidência (lei nº 252/2015), que trata da reestruturação do plano de custeio e financiamento do regime próprio de previdência social do Paraná. Servidores de todo o estado estão se mobilizando e indo até Curitiba para participar. 26 servidores de Toledo já estão no local, e nesta terça-feira (28) mais dois ônibus estão se dirigindo até a capital. A intenção é que amanhã (29), dia da votação, aproximadamente 50 mil pessoas estejam na Praça Nossa Senhora da Salete, no Centro Cívico.
Segundo o presidente da APP Sindicato de Toledo, João Lopes, a intenção é que a pressão feita pelos servidores públicos resulte na retirada do projeto. “O que nós esperamos é que o projeto seja retirado, mas caso isso não ocorra, que pelo menos o governador cumpra com a sua palavra e faça as 16 emendas que foram tratadas ainda em fevereiro”, comentou.
Além disso, Lopes ainda contou que apesar dos confrontos entre polícia e grevistas que aconteceram na noite de segunda-feira (27) e manhã desta terça-feira (28) nenhum toledano que foi até o local se machucou. O presidente ainda informou que os servidores participarão da votação somente na quarta-feira (29).
A APP-Sindicato ainda conseguiu nesta terça-feira (28) uma liminar que garante o acesso à Alep. De acordo com a decisão do TJ-PR os servidores não podem ser impedidos de acompanhar as sessões de votação do PL 252/2015. De acordo com a liminar, 400 pessoas poderão entrar e assistir a sessão da Alep das galerias da casa.
Sem contar que no início da tarde, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Alep se reuniu e apreciou as 16 emendas referentes ao projeto de lei 252/2015. O relator da comissão, deputado Luiz Cláudio Romanelli, deu parecer favorável a 13 das 16 emendas. Dentre as que foram acatadas pela Comissão, nove são de autoria do Fórum das Entidades Sindicais (FES). Mas, ainda assim, não significa que elas serão aprovadas na quarta-feira, durante a segunda votação do projeto.
