Em assembleia estadual, realizada na tarde desta terça-feira (05), os professores do Paraná decidiram dar continuidade à greve. A decisão foi tomada por votação dos quase 10 mil participantes que estavam presentes no Estádio Durival de Britto, na Vila Capanema, em Curitiba. Além da continuidade da greve, também foram decididos pontos como o acampamento e os próximos passos que serão dados pela categoria. A greve já tem duração de 11 dias; a primeira, que aconteceu em fevereiro, durou 29 dias.
Durante a manhã, os manifestantes marcharam da Praça 19 de Dezembro até o Centro Cívico, e após foram até o Palácio do Iguaçu. Os grevistas protestavam contra a violência do dia 29 de abril que resultou em mais de 200 professores feridos. Segundo a Guarda Municipal de Curitiba, aproximadamente 15 mil pessoas participaram da caminhada.
No período da tarde, os professores se reuniram no Estádio Durival de Britto, na Vila Capanema, para discutirem o futuro da greve. Após votação, ficou decidido pela continuidade da paralisação. O presidente da APP-Sindicato, Hermes Leão, reforçou que o que está em pauta é a definição da data base da categoria e a questão previdenciária. Além disso, ainda comentou com os participantes que representantes da categoria irão até Brasília para visitar órgãos como o Ministério da Previdência e a Procuradoria Geral da União para discutir a anulação da sessão da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) que aprovou o projeto de alteração da previdência dos servidores e a inconstitucionalidade do projeto de lei.
Outro ponto comentado durante a assembleia foi em relação às faltas, que segundo o governador Beto Richa serão descontadas da folha de pagamento dos servidores. O presidente da APP-Sindicato afirmou que não há legalidade nos descontos, orientando os diretores a não informar ao governo as faltas e que a negociação será feita ao fim da paralisação.
A greve deve continuar até a próxima reunião da categoria com o governo para definição da data base, na próxima terça-feira (12).