A história de que as Cataratas do Iguaçu surgiram da relutância de um deus diante do amor dos índios Naipi e Tarobá ganha uma releitura. O Circuito Cultural Sesi apresenta o espetáculo “A Lenda das Cataratas” nesta sexta-feira (22) em Toledo. A ação, que mostra a história sob o olhar da dança, acontece no Teatro Municipal a partir das 20h. A entrada é gratuita.
Com direção artística da bailarina e produtora Nicole Vanoni, a Curitiba Cia de Dança mostra o romance mesclando os passos de 11 bailarinos e projeção mapeada, dando uma experiência completamente diferente da tradicional dos palcos. “Além da tecnologia, a peça retrata uma historia de amor impossível. Não tem como não se encantar, se emocionar e vibrar com o desenvolvimento da obra”, acredita Vanoni.
O projeto foi concebido pela Prefeitura Municipal de Foz e pela Itaipu Binacional, que convidaram a companhia para elaborar um número de dança para o Natal das Cataratas. O sucesso foi imediato e atraiu atenção até mesmo no exterior, de acordo com a diretora. “Logo em seguida, fomos convidados para fazer a abertura do festival de dança em Livorno, na Itália, tendo como objetivo levar a história de amor para o mundo, apostando em trazer turistas para as Cataratas”.
A coreografia é assinada por Rafael Zago, que segue a trilha-sonora criada especialmente para esta obra, em acordes de Fabio Cardia. Os recursos audiovisuais – que dialogam com a cena e a dramaturgia – foram criados por Rafael Dorta e envolvem o espectador com projeções enigmáticas.
Curso
No dia em que sobe ao palco para apresentar "A Lenda das Cataratas", a Curitiba Cia de Dança também irá debater as artes cênicas e oferecer as aulas de pequenos passos de dança no Ginásio da Ginástica Ritmica de Toledo, às 15h. A oficina é direcionada a crianças e adolescentes da Ginástica Rítmica do Sesi e escolas de dança mantidas pela Secretaria de Cultura do município. São 20 vagas e o curso é gratuito.
Entre as propostas do encontro, está o fortalecimento junto aos formadores de opinião e a necessidade de se estabelecer um critério coreo-dramatúrgico diferenciado, para poder buscar o espectador como cúmplice no que diz respeito ao valor artístico de um projeto.