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SAÚDE

Toledo reduziu 70% o número de óbitos infantis e manteve zerada a mortalidade materna

Os números foram apresentados na quinta-feira (22) durante a prestação de contas que aconteceu na Câmara Municipal

22/05/2015 - 17:52


O município de Toledo conseguiu avançar muito nos cuidados com as gestantes, mães e bêbes. A prestação de contas do quadrimestre demonstrou isso. Entre janeiro e abril de 2014 foram dez óbitos infantis. No mesmo período, em 2015, este número caiu para três e se manteve zerada a mortalidade materna.  Os números foram apresentados na quinta-feira (22) durante a prestação de contas, conforme determina a Lei nº 141, que prevê esclarecimentos para a Casa Legislativa sobre os recursos aplicados no período, bem como a oferta e produção de serviços públicos na rede assistencial própria, contratada e conveniada. O evento aconteceu no Plenário Edílio Ferreira, na Câmara Municipal,

Esta redução significativa - o Ministério da Saúde preconiza que o índice fique abaixo de 10 - segundo a secretária de Saúde Denise Campos, se deve ao trabalho realizado pelas unidades básicas de saúde e também à parceria com o Hospital Bom Jesus (HBJ). “Temos desenvolvido ações importantes em relação ao acompanhamento das nossas gestantes e destacamos também a melhoria no atendimento hospitalar, já que todas as nossas gestantes são referenciadas ao HBJ”. Denise ainda citou o trabalho do Comitê de Mobilização pela Redução da Mortalidade Materna e Infantil, formado por médicos da família e pediatra, enfermeiros obstetras e outros profissionais, e que desenvolve ações para subsidiar a rede pública municipal em relação ao pré-natal e ao diagnóstico precoce e tratamento da infecção urinária, problema diretamente ligado aos partos prematuros, transmissão da infecção para o bebê e risco de mortalidade materna, fetal e infantil, além de outros trabalhos de atenção às gestantes.

Também foram demonstrados os investimentos no quadrimestre. Os valores aplicados em saúde foram de R$ 19.991.819,77, o que corresponde a 25,03% do orçamento geral da Prefeitura para o período. Do total de despesas empenhadas, 85,45% são recursos de receitas próprias do município, e o restante, 14,55%, veio do Governo Federal. Neste quadrimestre não houve repasses do Governo Estadual. “Não recebemos nenhum recurso do Estado do Paraná e a obra da Unidade de Saúde da Família (USF) que estava sendo construída pelo Governo Estadual está parada. Fomos oficiados pela construtora, no dia 7 de maio, que, devido à falta dos pagamentos em 2015, a obra seria paralisada”, comentou a secretária Denise Campos.

Em relação à produção de serviços, Denise destacou as consultas em unidades básicas de saúde (UBS’s) que chegaram a 61.927. “Em um município com 130 mil habitantes, este número é muito significativo e derruba a tese de que não temos médicos atuando em nossas UBS’s. Além disso, já realizamos a convocação de alguns profissionais e abrimos um teste seletivo”. A secretaria ainda disse que o preconizado pelo Ministério da Saúde é duas consultas anuais para cada habitante. Também foram realizadas 21.308 consultas de urgência e emergência, com 2.334 pacientes permanecendo em observação na Unidade de Pronto Atendimento Doutor José Ivo Alves da Rocha (UPA da Vila Becker), 1.926 encaminhamentos hospitalares, 16.865 consultas especializadas, 12.530 consultas e atendimento de enfermagem, 153.849 procedimentos de enfermagem e 46.806 visitas de agentes comunitários de saúde.

Endemias

No quadrimestre foram vistoriados 28.174 imóveis, quase seis mil a mais do que no mesmo período em 2014. 12.610 estavam fechados e aconteceram 220 vistorias em locais estratégicos, com 53 multas aplicadas. Sobre as multas, houve uma discussão na Câmara para que houvesse uma mudança no Código de Posturas. “Queremos que em casos de identificação de focos do mosquito, o proprietário do imóvel seja multado diretamente”, afirmou o vereador Marcos Zanetti.

Preventivos

No que diz respeito aos exames preventivos coletados na faixa de 25 a 64, nos primeiros meses do ano foram realizados 1818. Os números deste quadrimestre sempre são menores do que nos outros períodos do ano. Em 2014, por exemplo, foram realizados 1.918 exames no primeiro quadrimestre, no segundo 1.955 e 2.502 exames coletados no terceiro.

Partos

No primeiro quadrimestre de 2015 nasceram 714 crianças. Destas, 215 – 30,1% - tiveram parto normal. No ano passado, a média foi de 25,9%. “Tivemos avanços em relação ao parto normal e isso também é importante”, disse Denise. O total de meninas nascidas foi de 363 e de meninos 351.

Assistência Farmacêutica e materiais

Também foram apresentados números referentes à distribuição de medicamentos e materiais. Em itens de higiene e limpeza, expediente, gráfico, hospitalar, de laboratório, copa e cozinha, gêneros alimentícios e medicamentos foram destinados R$ 1.675.958,13, destes R$ 898.087,47 foram remédios.

Avaliação da Comissão de Saúde

A audiência pública foi conduzida pelo presidente da Comissão de Saúde na Câmara, vereador Marcos Zanetti, e acompanhada por vereadores, servidores públicos, membros do Conselho Municipal de Saúde e comunidade em geral. Zanetti lamentou a pouca participação das pessoas no plenário. “Se o cidadão participasse mais, saberia sobre a aplicação dos recursos em saúde e entenderia algumas dificuldades que hoje vivenciamos. Sabemos que é preciso avançar e Toledo tem feito isso, mas também entendemos que a falta de repasse de recursos pesa muito. Se observarmos, o Governo Federal repassou 15% para o custeio de tudo o que foi feito pela saúde no município. O Estadual não investiu nada. Toledo, mesmo assim, produziu diversos números favoráveis, a exemplo da redução da mortalidade infantil”, avaliou.

A vereadora Sueli Guerra também enalteceu os esforços de servidores municipais e da gestão da Secretaria de Saúde na busca pela resolução dos problemas. Citou a diminuição dos exames citopatológicos, mas também lembrou que as campanhas do segundo semestre, como o Outubro Rosa, equilibram este número. Outro vereador presente, Neudi Mosconi, afirmou que a diminuição do repasse dos recursos federais e a falta de investimentos estaduais fez com que recaíssem muitas responsabilidades para o município. O presidente da Câmara Municipal Ademar Dorfschmidt e os vereadores Ademir Paludo e Expedito Ferreira também participaram do evento.

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