Somente nas diárias para os policiais militares foram gastos mais de R$ 553 mil. Nas munições e equipamentos, no ofício denominado como “instrumentos de menor potencial ofensivo”, foram mais de R$ 395 mil. Além disso, para os policiais que se deslocaram do interior para a capital paranaense, em munição e diária, foram gastos R$ 948 mil.
O ofício ainda apresenta a quantidade de munição utilizada no dia 29 de abril contra os professores. Segundo o documento, foram 2.326 balas de borracha, 1.094 granadas de efeito moral e 200 projéteis lacrimogêneo de longo alcance. Somente em equipamentos, foi gasto mais de R$ 9 mil, e em munição o valor ultrapassa os R$ 385 mil.
Balanço
O Ministério Público do Paraná (MPPR) está investigando os fatos ocorridos no dia 29 de abril. Segundo um balanço apresentado nesta sexta-feira (29) foram prestados 294 depoimentos; dos 204 laudos de exames de lesões corporais requisitados, 132 já foram concluídos; e foram obtidos 285 e-mails contendo fotos, vídeos, documentos e relatos. Dessa forma, o MPPR reuniu farto material informativo, adensados num total de 18 volumes, com 3.600 páginas. A intenção é concluir nos próximos 30 dias a análise de todo o conteúdo reunido, apresentando, no âmbito de suas atribuições, os encaminhamentos jurídicos que considerados pertinentes.
Manifestações
Com o lema “29 de abril: Jamais Esqueceremos”, professores, funcionários e outras categorias de todo o Paraná fizeram, nesta quinta-feira (28), passeatas e atos públicos em repúdio ao governo e apoio à greve. Somente em Curitiba, aproximadamente 10 mil pessoas participaram da marcha até a Praça Nossa Senhora da Salete.
Em Cascavel houve passeata no período da manhã, em que centenas de pessoas participaram. Ás 19h30 foi feito outro ato em frente à Universidade Estadual Oeste do Paraná. Já em Toledo, os manifestantes se reuniram em frente ao Núcleo Regional de Educação (NRE) e após fizeram uma caminhada em protesto.