Em Assembleia Estadual da APP-Sindicato, nesta terça-feira (09), os professores e funcionários estaduais do Paraná optaram pelo fim da greve, que já duravam 44 dias, sendo que destes, 29 são dias letivos. A categoria aceitou a proposta entregue pelos deputados Estaduais na última quarta-feira (03). Em Toledo, a previsão é que as escolas voltem a funcionar por completo a partir de quinta-feira (11).
Quase 12 mil professores e funcionários participaram da votação, que aconteceu na Vila Capanema, em Curitiba. Segundo a APP-Sindicato 70% da categoria que estava presente aprovou a indicação do comando de greve, onde 23 dos 29 núcleos entenderam que era momento de suspender a paralisação.
Segundo a secretária de Finanças da APP-Sindicato de Toledo, Osmarina Sinhori, as escolas toledanas voltarão a funcionar por completo a partir da quinta-feira (11). “Os professores e funcionários estão sendo convocados para já voltarem às escolas a partir de amanhã (10). Porém, como muitas escolas ficaram totalmente paradas durante toda a greve, as aulas voltarão somente na quinta-feira”, informou. Osmarina ainda comentou que na quarta-feira será feita uma reunião com os professores e funcionários para verificar qual a real situação da escola, e como os processos serão feitos. A secretária ainda orientou que pais e responsáveis de alunos liguem até a escola, para que eles saibam se os alunos devem voltar na quarta ou quinta-feira.
A secretária de estado da Educação, Ana Seres, garantiu que serão cumpridos os 200 dias letivos e às 800 horas, conforme determina a Lei e Diretrizes e Bases (LDB).
Já a secretária Educacional da APP, Walkíria Mazeto, falou que a categoria não aceita punições e está ciente do compromisso de reposição das aulas. “Nossa luta é para que a educação pública seja de qualidade. Faremos a reposição dos conteúdos e vamos garantir o direito dos alunos de ter as aulas dentro do calendário que ainda será definido junto à Seed (Secretaria Estadual de Educação)”. A Seed entregou um documento à direção da APP-Sindicato onde faz o compromisso de que as faltas no período de greve não serão descontadas dos educadores.
Propostas
O projeto de lei deverá estabelece uma regra para os próximos três anos. As propostas:
- Outubro de 2015: pagamento de 3,45% (referente a inflação de maio a dezembro de 2014).
- Janeiro de 2016: pagamento da database referente a 2015 (aproximadamente 8,5%)
- Janeiro de 2017: pagamento da data base referente ao ano de 2016 + 1% (de ganho real)
- Maio de 2017: pagamento da inflação (IPCA) referente ao período de janeiro a abril de 2017.
- Retirada do Artigo 2º, que condicionava o pagamento a disponibilidade financeira do Estado;
- Retirada do Artigo 6º do texto do PL da data base (que acabava com o PSPN Paraná);
Nenhuma punição
O lançamento de faltas, descontos, processos administrativos ou quaisquer outras punições que o governo pode querer tomar contra a nossa categoria foi colocado como condicionante caso a proposta seja acatada pela categoria em assembleia. Neste momento, o presidente da APP-Sindicato, professor Hermes Leão, está reunido com a secretária de Educação Ana Seres Comin. A exigência do sindicato é o estabelecimento de uma mesa de negociação para tratar dos demais temas da pauta como o reajuste do piso nacional, por exemplo.
