O Diretório Estadual do Paraná do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) se reuniu nesta semana em Curitiba e definiu três resoluções, onde, todos os filiados e parentes em linha direta deveriam deixar os cargos que ocupam no Governo do Estado. A ação deverá ser tomada em até 30 dias após publicação das resoluções. O não cumprimento por parte dos filiados, acarretará em afastamento imediato e encaminhamento a comissão de ética para punição conforme estatuto.
A primeira resolução diz que qualquer filiado ocupando cargo, independente da hierarquia, está proibido de ocupar cargos no governo PSDB. Os filiados terão 30 dias da publicação para deixar o governo e comunicar o diretório estadual com a comunicação escrita e em anexo cópia da exoneração. A segunda resolução diz que a executiva estadual poderá suspender por 60 dias o filiado que não deixar o governo e após encaminhará para Comissão de Ética para punição. E a terceira resolução afirma que os filiados detentores de cargos eletivos estão vedados de manifestar apoio a qualquer candidato que não seja PMDB ou de partidos coligados para o pleito de 2016. O deputado não poderá ir a outro município para apoiar o candidato de outro partido, se neste município o PMDB tiver um candidato.
As resoluções foram aprovadas anteriormente pela executiva estadual e agora referendadas pelo diretório estadual. Além disso, elas prevêem que parentes em linha reta dos filiados também não poderão ocupar cargos seguindo a mesma regra da Lei de Nepotismo.
O diretório do PMDB pretende ter candidatos a prefeitos na maioria dos municípios para o pleito de 2016. Os peemidebistas votaram a estratégia de ampliação da filiação. Os deputados estaduais que estão no governo não se fizeram presente na reunião, no entanto, 50% da bancada estava presente, o que garante, pelo estatuto, a validade aprovada das resoluções.
Foi tema também na reunião do diretório do PMDB as investigações do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e Ministério Público na Receita Estadual, onde os principais dirigentes estão presos sobre acusação de corrupção, onde parte do dinheiro da corrupção supostamente teria sido usado na reeleiçcão do governador. Este fato foi apontado como mais uma razão para que o PMDB esteja na oposição e faça o debate com a sociedade sobre política e ética.
O deputado estadual Ademir Bier defendeu o fortalecimento do PMDB nos municípios. “Precisamos investir no fortalecimento dos partidos, independente das estruturas de governo. Temos que avançar para que secretários, prefeitos e vice-prefeitos não ocupem a presidência do partido nos diretórios municipais sob pena de enfraquecer o partido”, afirmou.
A coligação proporcional foi questionada pelo diretório estadual e colocada como indicativo a direção nacional do PMDB, para ver a possibilidade de reverter este critério, pois as coligações nas proporcionais são vistas como fator de fragilização da construção partidária.