O novo experimento, aplicado ao tratamento de efluentes de frigoríficos, inserido no mercado por meio do relacionamento universidade-empresa, contempla três pedidos de patente e foi resultado do Projeto Pró-Natureza Limpa, do programa de pós-graduação em Engenharia Química. A tecnologia em questão é composta por sistemas modulares de alimentação de efluente, peneiras, decantadores, flotadores, tanques pulmão, calhas e roscas helicoidais acionadas por dispositivos eletromecânicos, dotados de elementos diferenciados, com características inovadoras, que propiciam a separação de partículas sólidas, materiais em suspensão, óleos e gorduras. “De modo geral, a tecnologia, além do tratamento, permite o reuso da água tratada e também dos componentes sólidos separados”, explicou o coordenador geral do Núcleo de Inovações Tecnológicas (NIT), professor Camilo Freddy Mendoza Morejon .
O depósito dos royalties corresponde a 10% do preço de comercialização da tecnologia, o qual deve ser realizado a partir da primeira venda, durante a vigência do contrato.
Alceo Guarez Almeida, sócio proprietário da empresa Inomaq, ressalta a importância da parceria entre a empresa e a universidade. “Esta parceria está sendo fundamental para concretizar a inovação, pois nas universidades temos o capital intelectual e nas empresas temos a infraestrutura para criar e desenvolver novos ativos tecnológicos”, destacou.
Enfatizou ainda que o contexto não só regional como mundial coloca a gestão das empresas diariamente em uma corrida para ofertar soluções, com resultados a curto prazo. “O que vislumbramos neste momento é a reação de inúmeros desejos e anseios expressos pelas instituições governamentais e empresariais, que culminam na geração de novas metodologias de processos e equipamentos. Neste projeto transpomos as dificuldades, demonstrando que a ação e o foco na solução são mais que alicerces estratégicos no cotidiano e sim, alavancadores para projetos inovadores”, comenta Alceo Guarez Almeida.
De acordo com o professor Camilo Morejon, com esta parceria, o NIT da Unioeste concretiza mais um processo de inovação. “Até o momento a Unioeste já recebe royalties de quatro empresas que são responsáveis pela inserção no mercado, dos produtos tecnológicos desenvolvidos no ambiente acadêmico”, explicou.
A distribuição dos royalties será realizada com base na Lei de Inovação e na legislação relacionada à Propriedade Intelectual da Unioeste.