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DESENVOLVIMENTO

Temos muito dinheiro para financiar máquinas e equipamentos, anuncia assessor do BRDE

O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul – BRDE vai completar - em junho - 50 anos. Com sede em Curitiba, Florianópolis e Porto Alegre o Banco foi criado com o objetivo de estimular emprego e renda no Sul do país. Para cumprir esta missão o BRDE rumou em direção ao interior dos estados sulistas, firmou parcerias com prefeituras, associação comerciais, Sicredi, Sicoob e Cresol. Em Toledo estas parcerias se consolidaram a partir de 2006 e de lá para cá a cidade já recebeu mais de R$ 10 milhões contratados na maioria por microempresas. O assessor de diretor do BRDE, Alexandre Accioly conversou com a reportagem e anunciou que há muito recurso disponível para os empresários adquirirem máquinas e equipamentos – para ele falta um pouco de ousadia do empresariado, mas defende que esta é uma cultura que já está mudando.

26/04/2011 - 18:17


Alexandre Accioly lembra que BRDE é um agente financeiro do BNDES, o qual aporta os recursos financeiros oriundos do FAT – Fundo de Amparo ao Trabalhador e do Tesouro Nacional e isto possibilita ao BRDE disponibilizar Programas de Financiamento com juros subsidiados e ainda, por não se tratar de um banco comercial pode oferecer prazos maiores para pagamento. “Temos taxas de juros muito atrativas, um exemplo é o PSI – Programa de Sustentabilidade de Investimento, que foi lançado em 2009 e começou com taxas de juros fixos de 4,5% ao ano. Um programa lançado pelo BNDES para financiar máquinas e equipamentos nacionais e novos. O PSI foi prorrogado por mais um ano com taxa fixa anual de 5,5% e hoje estamos praticando uma taxa de 6,5% fixo ao ano com prazo de até 10 anos e com dois anos de carência – é o menor juro no mercado para este tipo de financiamento”.

Nos dados do BRDE, em Toledo, a partir das parcerias firmadas, o Banco conseguiu aproximar-se do empresariado. Segundo o assessor do Banco, a ACIT viabiliza 70% dos atendimentos aos empresários na cidade e 30% é através do Sicredi e Sicoob.   “A partir das parcerias já realizamos quase 100 atendimentos, destes 51 foram a microempresas. Firmamos 41 contratos, mais de R$ 10 milhões, isso gerou emprego e renda para o município, sem contar no retorno social para o Banco que foi muito importante, por isso, com certeza estamos cumprindo nosso papel social aqui no Sul”, avalia Accioly.

O BRDE financiou em Toledo em 2009, mais de R$ 2 milhões, na agropecuária foram R$ 636.543, na indústria R$ 757.068, na infraestrutura R$ 249.638 e no comércio e serviços o investimento foi na ordem de R$ 356.177. Já em 2010 houve um recuo nos valores contratados, na agropecuária reduziu para R$ 354.574, na indústria R$ 741.206, no comércio e serviços foram financiados R$ 454.936 e a infraestrutura foi a única linha que obteve um pequeno incremento, fechando o ano em R$ 261.326.

O assessor de diretor do BRDE, Alexandre Accioly afirma que a quebra não foi falta de recurso disponível, mas sim falta de ousadia do empresariado. “Existe a cultura do não financiamento, do não endividamento. Mas isto já está mudando, pois o empresário está entendendo que os investimentos devem ser financiados, pois os juros são atrativos, já recursos para capital de giro são os mais caros, estes sim devem ser subsidiados com recursos próprios”.

Accioly considera ainda que dos três estados do Sul, atendidos pelo BRDE o Paraná foi o que mais injetou recursos nos negócios do Estado. “No Paraná em 2009 financiamos mais de R$ 1 bilhão, enquanto no Rio Grande do Sul ficou em torno de R$ 640 mil e em Santa Catarina disponibilizou perto de R$ 460 mil”.

Apesar de não revelar os valores disponíveis para financiamento na Região, Accioly afirmou que não faltará recursos para financiar os negócios no Paraná. “Temos uma dotação orçamentária para o PSI. No sul,  o que posso te dizer – não é exatamente em números, mas que temos muito dinheiro, muito dinheiro... para financiarmos as máquinas e equipamentos e tem recurso para o ano todo”.

Programa de Sustentabilidade de Investimento - PSI vai até 31 de dezembro, mas o assessor adverte para que os empresários não retardem seus pedidos de financiamento e se possível antecipem seus planos de investimento. “O empresário deve tentar pegar uma fatia deste recurso porque vale a pena, um juro de 6,5% fixo ao ano é difícil de encontrar. Tem que aproveitar esta boa fase do mercado . Existe recursos o que falta é mão de obra . Muitos empresários precisam buscar a mão de obra em outras regiões e não é só no Paraná, mas no Brasil inteiro. É o momento das pessoas se especializarem para que estejam disponíveis para o mercado porque o mercado está de portas abertas e tem espaço para todo mundo”, aconselha Accioly.

Por Selma Becker

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