Um dos livros mais esperados de 2015 é lançado oficialmente em São Paulo nesta quarta-feira (9). ‘Ovelha – memórias de um pastor gay’ estreia o jovem escritor, Gustavo Magnani, 20 anos, que é também o idealizador do maior site de Literatura da América Latina, o Literatortura. O evento acontece na Livraria Cultura no Conjunto Nacional, número 01414, a partir das 18h30.
Com sucesso no período de pré-venda, o livro lançado pela Geração Editorial chegou as principais livrarias de todo o Brasil em destaque nas prateleiras. A obra fragmentada, apesar de forte e polêmica, tem o objetivo de criar um debate humanizado sobre o tema. “Ovelha não tem a intenção de ofender ninguém. É um livro que aborda a vida de um pastor que, internado num hospital por conta de uma doença, acredita estar prestes a morrer e decide, então, contar sua verdadeira história através de memórias. O tema principal gira em torno de um homem que condena aquilo que ele próprio é”, explica o autor.
Gustavo Magnani conta que a primeira versão da obra foi escrita num intervalo de 40 dias. “Mas o livro começou a nascer mesmo, há sete anos, durante uma vivência intensa que eu tive dentro da Igreja Evangélica por um período de aproximadamente oito meses. Isso aconteceu mesmo sem que eu soubesse. Acredito que não poderia abordar esse assunto sem essa experiência com a religião, que, aliás, respeito profundamente”.
Além da experiência pessoal com a Igreja, Gustavo Magnani também realizou uma pesquisa sobre a homossexualidade e outros fatores que influenciam a história do livro. A ideia inicial era conceber um roteiro para uma série de televisão a pedido de uma agência, “mas o personagem central – ovelha – tornou-se forte demais para apenas figurar em um projeto de série”, finalizou.
Críticas
"Que um garoto tão novo escreva com tamanho lirismo e maestria é assombroso. Gustavo Magnani é um prodígio". Santiago Nazarian
“Ovelha – Memórias de Um Pastor Gay é o livro a se conhecer no momento. Estreia do Gustavo Magnani, junta dois temas controversos sem pisar em ovos e sem perder a mão”. Eric Novello
"Aos 20 anos de idade, Gustavo publicou uma das tramas mais corajosas e provocantes da atualidade." - Gazeta de Alagoas
“O escritor brasileiro Gustavo Magnani publicou um romance que tende a se tornar best seller — tanto pela temática, a conexão entre homossexualidade e religião, especificamente a evangélica, quanto pela qualidade de sua escrita... O romance, que possivelmente vai ganhar as livrarias de outros países e as telas dos cinemas, é menos sensacionalista do que insinua. Diria que é uma odisseia profusa e profundamente humana — até nos delírios do personagem — e um registro de como nós, homens, somos sofridos, variados e, portanto, difíceis de apreender por interpretações estreitas”. Euler de França Belém
O escritor
Fascinado em criar e contar histórias desde criança, Gustavo Magnani, que começou a escrever livros aos 13 anos, lançou sua primeira obra: ‘Ovelha - memórias de um pastor gay’ em agosto de 2015, pela Geração Editorial. O jovem escritor, de apenas 20 anos, também é o idealizador e administrador do site Literatortura (http://literatortura.com/) - o maior site literário da América Latina e conta com outros trabalhos online, como: Diário Informal de um suposto escritor (https://www.facebook.com/diarioinformaldeumsupostoescritor) e o mais recente projeto - em parceria com a página Brasileiríssimos - BrasiLivros (https://www.facebook.com/Brasilivros?fref=ts).
Prefácio do Livro
“Eu deslizei das mãos de Deus tantas vezes quanto pude”
Criado desde cedo num regime de terror religioso, ele foi predestinado a ser um grande profeta. Cresceu e virou pastor, homem de fé, guia espiritual para as ovelhinhas carentes do Paraíso.
Com a palavra dele, a verdade: “Nasci viado, amém!”
O pastor protagonista deste livro corrosivo e provocante viveu trinta
anos envolto numa bolha de fé, angústia, ódio e mansidão.
Preso a relações amorosas e sexuais doentias, com homens e mulheres, e sufocado por uma mãe paranóica, ele se fez um homem dividido, perturbado e incontrolável em seus desejos proibidos.
Condenador e condenado.
Mas uma desgraça aconteceu.
Ele foi ultrajado por um soco do destino – ou seria de Deus? Uma ironia de todo o seu mundo de farsa. Seu corpo está minado, contaminado pelo pecado. Toda sua história está ameaçada.
E eis que justamente neste momento, largado numa cama de hospital, ele pensa: “Uma história suja, mas tão humana... Por que não contá-la?”
Vem então uma explosão potente de verdades indizíveis ao ouvido moralista, despejadas sob a forma de um diário sui- cida. Endereçado à mãe odiada e amada; aos amantes; à esposa enganada; às vidas alheias destruidas... Um aceno aos próprios sonhos, e à morte. O insuportável em nível absoluto - e fascinante.
Profundo, por vezes pejorativo. Uma narrativa surpreendente, que lança uma luz fortíssima - e ácida, no submundo da religião.
Uma estreia impressionante, de um novíssimo e surpreendente autor brasileiro.