O encontro de duas importantes feiras, a Femai e a Inovatec, acontece num momento econômico estratégico. Para o coordenador da Femai, Gilberto Menoncin é hora de mostrar os avanços conquistados no setor. “São empresas que tem produtos, que na verdade, são soluções para outras indústrias e empresários interessados. Os expositores sempre trazem alguma inovação nos produtos, nos serviços. É um momento de apresentar para o grande público tudo o que foi conquistado nos últimos tempos e começar a fazer negócios em cima dessas inovações”.
Neste ano, a Inovatec esta integrada a Femai e levou para o espaço o propósito de promover a interação entre universidades e empresas. Estão presentes a Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Universidade Federal Tecnológica do Paraná (UTFPR) e a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Câmpus de Toledo. O coordenador-geral do Núcleo de Inovações Tecnológicas da Unioeste Camilo Freddy Mendoza Morejon defendeu os avanços na relação entre a ciência e o setor produtivo. “Eu posso dizer que desde 2004, quando foi implantada a lei de inovação, até este momento, tivemos grandes avanços. Em particular aqui na região oeste do Paraná. Na Unioeste nós temos concretizados já em torno de 22 produtos tecnológicos, 22 patentes que conseguiram ganhar um mercado nos moldes de uma parceria universidade e empresa. Então as outras universidades também estão seguindo o mesmo caminho e acho que em pouco tempo isso será consolidado. A cultura da inovação, no âmbito das universidades, no âmbito da sociedade será consolidada”.
O coordenador da Femai, Gilberto Menoncin reconhece o cenário de crise econômica, mas afirma que isso não deve abalar a vontade de investir dos empresários. “Muitas indústrias reduziram o pessoal e até teve alguns cortes, mas isso é algo que passa. E o empresário é aquele que se articula, que planeja ele não fica amarrado a problemas momentâneos. Nós sabemos que neste momento o país passa por uma condição meio ruim, mas no contra ponto disso não dá pra parar. O industrial, o empresário deve continuar investindo, tem que continuar apostando, porque essa crise passará, e a hora que ela passar quem tiver melhor preparado vai sair na frente com certeza. Então não temos problemas nenhum com relação a alguma dificuldade financeira por conta da crise”.
Menoncin destaca que o momento é de criatividade. “Tem que ser diferente, tem que trazer soluções diferentes, tem que reduzir custos, tem que fazer tudo isso. E as empresas vêm investindo nisso, e Toledo é privilegiado no sentido que temos aí sete faculdades, e aí fizemos algumas parcerias com a Unioeste, PUC e UTFPR no sentido de integrar conhecimento científico, de faculdade, com a necessidade das empresas. Então é isso, trazer a faculdade para dentro das empresas e já com soluções”.
O coordenado da Femai alertou aos empresários para a importância da parceria com as Universidades. “A FEMAI é a grande oportunidade, nós queremos abrir os olhos dos empresários, do industrial, nesse sentido, de que aqui é a oportunidade de começar. Nós sabemos que a maioria ainda desconhece essa possibilidade veio para conhecer. Só a Unioeste, por exemplo, tem 22 produtos nesse momento com patente, com grandes soluções para outras empresas. Está pronto, está lá na prateleira aguardando pessoas interessadas em ir lá e fazer negócios com a Unioeste. Temos ainda a PUC e a UTFPR”.
O coordenador-geral do Núcleo de Inovações Tecnológicas da Unioeste Camilo Freddy Mendoza Morejon disse que a Inovatec quer criar espaços para promover a aproximação entre universidade e empresas. “Nos estandes estamos criando espaços para fazer a rodada de negócios para mostrar os nossos potenciais, para estabelecer o primeiro contato para ver a partir das demandas do setor produtivo e das ofertas tecnológicas das universidades criar um relacionamento universidade e empresa nas formas de desenvolvimento, nas formas de transferência de tecnologia”. Morejon coloca que o grande desafio das universidades é colocar seus artigos tecnológicos a disposição do setor produtivo. “Hoje os nossos artigos tecnológicos estão na condição de passivos tecnológicos porque eles não estão sendo utilizados na medida do potencial que eles oferecem. Então o nosso objetivo é tornar eles de passivo para ativos tecnológicos que possam beneficiar a sociedade de maneira direta ou indireta. Então é um relacionamento em que tanto a academia quanto os empresários se beneficiam, e a sociedade como um todo. É a aplicação da inovação no seu contexto real, fazer com que o resultado da atividade intelectual ganhe o mercado”.
O prefeito Beto Lunitti enalteceu a parceria universidades e setores produtivos. “Se de um lado temos o setor produtivo ávido pela inovação tecnológica, por outro temos o privilégio de sermos um polo universitário. Na administração municipal temos trabalhado para apoiar e expandir as universidades, porque entendemos que elas têm muito a oferecer, não só na área tecnológica, mas também nas humanas. O que precisamos, cada vez mais, é aproximar o conhecimento produzido nas universidades e o interesse social. Esta Feira é um bom exemplo, tanto a Femai quanto a Inovatec vão agregar muito ao setor industrial”.
Beto Lunitti destacou, também, as ações do município em criar um ambiente favorável para o setor produtivo. “O poder público tem o papel de promover ações que não onere o setor produtivo e nós temos trabalhado para isso. Temos garantido segurança jurídica para que as empresas invistam, temos estimulado o pequeno empreendedor – trabalho reconhecido nacionalmente – aportamos recursos na Sociedade Garantidora de Crédito para que os pequenos empreendedores tenham carta de aval – e quem sabe, aqui mesmo possam incrementar tecnologicamente seu negócio. E ainda, temos investido tanto nos parques industriais, quanto no polo de pescado que estamos implantando”.
O prefeito andou pela Feira e disse estar satisfeito com o que viu. “Aqui nós temos um ambiente de alta tecnologia. Nós não devemos nada para outras, sejam nacionais ou internacionais, são pessoas, empreendedores, empresários, que estão efetivamente dentro do seu negócio, focados no interesse de produzir riqueza, renda, emprego, consumo e aí se estabelece um vínculo virtuoso do crescimento”.
O secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, João Carlos Gomes também esteve na abertura das feiras e destacou a parceria. “Quero cumprimentar a cidade de Toledo e região por estar oportunizando o setor produtivo junto com as universidades, seja no sistema estadual, federal ou privado, esse grande evento. Você vê aqui mais de 60 expositores, Toledo é hoje, no Oeste do Paraná, um potencial na área do setor de inovação e que sem dúvida nenhuma será um grande evento e uma realidade dianteira no estado do Paraná”.
Gomes destacou os investimentos do estado em ensino superior. “O Paraná é um Estado hoje, tirando São Paulo, é o que mais investe no ensino superior do país. Nós temos hoje 100 mil alunos matriculados nas nossas sete universidades. São Paulo tem 160 mil, mas tem 40 milhões de habitantes. O Paraná tem 11 milhões e tem 100 mil alunos, e o terceiro Estado é a Bahia com 60 mil, Rio Grande do Sul 2.500, Santa Catarina 11 mil, Paraná é o segundo Estado que mais investe. Eventos como este e trabalho como este que incentiva ainda mais o Paraná priorizar a educação, a ciência, a tecnologia, e o ensino superior e a inovação”, afirmou o secretário.
