O Sindicato dos Bancários avaliou o primeiro dia da paralisação como o mais forte dos últimos 20 anos. Em Toledo das 14 agências de bancos privados e públicos 100% aderiram à greve. Na Região das 30 unidades bancárias 26 fecharam. No estado paralisaram as atividades 406 unidades incluindo os centros administrativos. No país pararam 6275 agências e 43 centros administrativos.
No dia 1º de outubro o sindicato pediu a reabertura das negociações e até o momento, segundo o presidente do Sindicato dos Bancários de Toledo e Região, Zelário Bremm, a Federação Nacional dos Bancos – Fenab não se manifestou. “Estamos pedindo 16% de reajuste – 9,18% de inflação e 5,7% de aumento real, em contrapartida os cinco maiores bancos obtiveram no primeiro semestre, deste ano, 30% a mais de lucro em relação ao primeiro semestre de 2015”.
Zelário Bremm diz que, apesar de não ser oficial, os bancos sinalizam a intenção de dar significativo reajuste ao alto escalão. “Se isso se confirmar é um absurdo, pois se é possível conceder 81% de reajuste aos cargos de alto escalão, porque não pode dar o reajuste que pedimos que está abaixo do crescimento dos lucros dos bancos?”, questionou.
O presidente da entidade de classe disse que está na pauta de reivindicações pontos que tratam da saúde, segurança, metas abusivas e redução de tarifas. “Os bancos arrecadam cinco vezes mais, só em tarifas, o custo total da folha de pagamento. Queremos menos filas nas agências, para isso queremos a contratação de mais bancários”.
A greve que iniciou, na terça-feira é por tempo indeterminado. “O movimento está forte e comando nacional está em alerta aguardando as negociações com a Fenaban”. Os bancários, segundo o presidente do sindicato, estão orientando os clientes em cada unidade. Está em funcionamento apenas o autoatendimento.
