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ECONOMIA

Bom Negócio quer capacitar mais 30 mil empresários em três anos

A governadora em exercício Cida Borghetti assinou nesta segunda-feira (19), em Curitiba, a renovação do acordo de cooperação técnica que estabelece o Programa Bom Negócio, que oferece treinamento e capacitação a micro e pequenos empresários.

19/10/2015 - 17:27


O programa oferece consultoria e cursos gratuitos de capacitação e gestão empresarial, além de facilitar o acesso a linhas de baixo custo da Fomento Paraná. Em operação desde 2012, o programa já capacitou cerca de 15 mil empresas em 150 cidades. Com a renovação, o convênio vigorará até o fim de 2018. 

Cida Borghetti ressaltou o apoio do governo do Paraná ao setor produtivo e a parceria com o Sebrae e entidades representativas para dar continuidade ao Bom Negócio. “O programa auxilia o empresário a buscar capacitação por meio de cursos importantes, de 64 horas, que vão ajudar muito o seu desenvolvimento. Além disso, muito importante é o acesso ao crédito através da Fomento Paraná”, disse. 

PROJEÇÃO - A expectativa é que, nos próximos três anos, mais 30 mil empresários recebam treinamento somente através do Governo do Estado, de acordo com o diretor-presidente da Fomento Paraná, Juraci Barbosa Sobrinho. “Com a crise, os empreendedores do Paraná têm uma ferramenta a mais para passar por esse momento difícil, por meio de qualificação e crédito barato”. 

FOMENTO - Os empresários participantes têm descontos nas taxas de juros em financiamentos pelo Banco do Empreendedor. A redução varia de acordo com o perfil de risco de cada operação, mas o desconto pode chegar a 5% em alguns casos. Para o microcrédito, elas ficam entre 0,61% a 1,17% ao mês. A vantagem vale principalmente para financiamentos de até R$ 7,5 mil para pessoa física e de R$ 15 mil para pessoa jurídica. 

Boa parte dos empresários atendidos pelo Bom Negócio tem financiamentos com a Fomento. Desde 2011, a instituição contabiliza um total de 13 mil contratos de microcrédito, com R$ 117 milhões financiados. 

PARCERIA - O acordo de cooperação técnica inclui, além do Governo do Paraná, o Sebrae e a Fomento Paraná, entidades de representação empresarial, como Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Paraná (Faciap) e Federação da Agricultura do Paraná (Faep). 

A ideia é que as entidades auxiliem na divulgação do programa e na capacitação, em parceria com as secretarias estaduais do Planejamento e da Ciência Tecnologia e Ensino Superior. Boa parte da capacitação é feita por 14 núcleos em sete universidades estaduais. São cursos presenciais de 64 horas, além de cursos à distância. 

CRISE - Para o presidente da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) e presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae, Edson Campagnolo, a prorrogação do convênio vai beneficiar as empresas principalmente no atual momento de crise, com a preservação de empregos. 

VACINA – O secretário estadual do Planejamento, Silvio Barros, ressaltou que o Bom Negócio ajuda a reduzir a mortalidade de micros e pequenas empresas. “O programa é extremamente importante porque ajuda a qualificar o pequeno empresário”, disse. Segundo Barros, o índice de mortalidade dessas empresas ainda é muito alto e muitas vezes por falta de capacitação. “E o governo, através da Fomento e da Secretaria da Ciência e Tecnologia, está proporcionando a esses empresários uma vacina contra a mortalidade”, afirmou. 

Micro e pequenas empresas 

As micro e pequenas empresas representam 95% dos estabelecimentos formalizados, respondem por 52% dos empregos com carteira assinada, 40% da massa salarial e também por 27% do Produto Interno Bruto (PIB) no Brasil. 

Graças principalmente à orientação e capacitação, a taxa de sobrevivência dos pequenos negócios cresceu. Nos últimos 15 anos, o percentual de novas empresas que fecham as portas em até dois anos caiu à metade. 

Pesquisa divulgada pelo Sebrae, encomendada ao Vox Populi e divulgada em agosto deste ano, mostrou o aumento da taxa de sobrevivência das pequenas empresas no Paraná, de 50,6% para 74,8%. O levantamento mostra ainda que 100% das empresas que faliram não buscaram orientação de nenhuma entidade, o que reforça a necessidade de capacitação para continuidade da empresa no mercado. 

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