O resultado apresentado foi considerado o mais expressivo do Paraná, até o momento. Foram colhidas 12.114 assinaturas, o que representa 13,02% do eleitorado toledano. O promotor público Sandres Sponholz avaliou que a estratégia adotada em Toledo deve ser exemplo para todo o país. “Temos recebido informações de Promotores de outros municípios que estão engajados na Campanha, da dificuldade de conseguir a adesão das pessoas. A estratégia que foi adotada aqui deixou muito claro que é possível, que as pessoas efetivamente querem mudar, mas infelizmente elas estão desanimadas com o atual cenário, muitas pessoas estão desconfiadas”.
O promotor destacou a ação dos líderes durante a Campanha. “É com muita certeza e convicção que eu digo: graças às lideranças que foi possível este número de adesão. Pessoas que são líderes, honestas e que personificam aquilo que a campanha das Dez Medidas Contra a Corrupção representa. Estas pessoas conseguiram multiplicar a mensagem do Ministério Público para a população e o resultado foi esse de 12.114 assinaturas”.
O presidente da Associação Comercial e Empresarial de Toledo – Acit, Danilo Gass disse que o resultado da campanha foi positivo e que as entidades fizeram sua parte. “Montamos uma estratégia e o resultado foi maravilhoso, em menos de 30 dias conseguimos a assinatura de mais de 13% do eleitorado, enquanto que a meta nacional é buscar 1% dos eleitores. Como sociedade e entidade nós fizemos a nossa parte e esperamos que consigamos este 1,5 milhão em nível de Brasil. Temos um sonho de um mundo mais justo e mais perfeito e consequentemente dar uma amenizada nesta corrupção que está impregnada em nossa sociedade”. Gass destacou a estratégia adotada. “A metodologia adotada foi o corpo a corpo. Montamos um grupo no wats app com 90 pessoas e todos os dias estimulávamos o grupo, além da imprensa que divulgou a campanha”.
A presidente do Observatório Social de Toledo, Rita Klein compartilhou da ideia de que a campanha feita em Toledo. “Mesmo antes de reunirmos os líderes, a sociedade estava colocando bancas, mas percebemos que os líderes precisam intervir e engajarem voluntários, estabelecer metas. Queremos passar esta experiência para o resto do Brasil”.
Rita advertiu que a sociedade deve ficar atenta para o próximo passo. “Agora é a etapa mais seria, pois quanto antes conseguirmos este 1,5 milhão de assinaturas, quanto antes este projeto pode ser votado. São Dez Medidas Contra a Corrupção que serão votadas por pessoas, que algumas delas, cometem e se beneficiam da corrupção. E isto sim é um desafio. E por isso, é muito importante ficarmos de olho nesta situação e observar como o Congresso vai votar este Projeto”.
O promotor Sandres Sponholz manifestou confiança na aprovação do Projeto de iniciativa popular. “Nossa referência é a da Lei do Ficha Limpa que é um projeto de iniciativa popular que pela pressão da sociedade foi aprovada e hoje temos a Lei da Ficha Limpa, então eu tenho a plena convicção de que ao alcançarmos este 1% do eleitorado brasileiro e possibilitará o Projeto de iniciativa popular e com isso consigamos aprová-lo, porque a sociedade está dando um recado claro que quer acabar com a corrupção e que ela não tolera mais os prejuízos provados pela corrupção”.
Apesar de a campanha ter superado a meta, Sponholz explica que a coleta de assinaturas seguirá a pedido de diversas entidades e instituições. “Nós queremos a conscientização das pessoas para o que é que se pretende com este projeto de iniciativa popular, então quanto mais pessoas estiverem conscientes de que é possível a mudança que o MP está propondo para a sociedade, para chegar a esta mudança é muito melhor. Em virtude disso, vamos prorrogar a campanha com prazo variado conforme a entidade”.