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GERAL

Casos de hepatites virais aumentam em média 30% no primeiro trimestre em Toledo

Na audiência pública de saúde do primeiro trimestre deste ano demonstrou um aumento na incidência de notificações individuais de hepatites virais (B e C) em Toledo. Nos primeiros três meses de 2011 foram notificadas 41 pessoas. Em comparação ao ano passado este número é cerca de 30% maior, quando foram registrados 11 casos.

08/05/2011 - 14:00


Segundo dados do Ministério da Saúde, no Brasil, o número de casos confirmados da hepatite B aumentou no decorrer dos anos, passando de 473 em 1999 para 14.601 em 2009. Os casos acumulados resultaram em 96.044, ocorrendo, em sua maioria, nos adultos jovens. A região Sul, de 2002 a 2008, manteve as maiores taxas de detecção, variando entre 8,4 e 15,6 casos da doença por 100 mil habitantes. Os casos confirmados de hepatite C no Brasil entre 1999 e 2009 somam um total de 60.908 e são mais frequentes nos indivíduos de 30 a 59 anos.

A diretora técnica em saúde do Consórcio Intermunicipal de Saúde do Oeste do Paraná (CISCOPAR), Denise Franz explica que em Toledo as notificações aumentaram devido a intensificação na investigação da doença na 20ª regional de saúde. “A investigação na regional está sendo a melhor. Dentro dos CTA´s nós somos um dos únicos no Paraná que ofertam os exames de hepatites B e C na rotina da demanda espontânea - sem a necessidade de um pedido médico”. Outro motivo apresentado por Denise é que no início deste ano foi intensificado o Programa da Gestante. Antes o pré-natal era realizado somente com a mãe, neste programa o pai passa a fazer os exames. “A equipe percebe que a população tem dúvida com relação ao contágio da doença. A hepatite é diferente do HIV e da sífilis. Na doação de sangue, exemplo, não é feito somente o HBS para verificar se esta com hepatite, e sim, é feito dos marcadores para saber se tem ou não imunidade e verificar se entrou em contato com a hepatite”. Denise ainda argumenta 90% das pessoas que possuem hepatites são assintomáticas. “A grande maioria não tem os sintomas, como amarelão na pele e nos olhos. Geralmente a pessoa sabe que tem hepatite quando está com problemas sérios de fígado, onde a dificuldade é maior no tratamento. Por isso, pessoas que tem comportamento de risco devem fazer exames de hepatite B e C”. Denise ainda lembra que algumas pessoas apresentam sintomas muito inespecíficos, como dores musculares e articulares, cansaço, náuseas ou desconforto no hipocôndrio direito. “O diagnóstico só costuma ser realizado através de exames para doação de sangue, exames de rotina ou quando surgem os sintomas de doença hepática, já na fase avançada de cirrose. Além dos sintomas relacionados diretamente à hepatite, o vírus pode desencadear o aparecimento de outras doenças através de estimulação do sistema imunológico”.

Combate as hepatites

Denise conta que os movimentos sociais instituíram em 19 de maio o Dia de Combate as Hepatites. Neste período acontece o Encontro da Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo a OMS a partir deste ano será no mês de julho. O movimento social que quiser continuar fazendo no dia 19 de maio ele terá o apoio dos serviços públicos de saúde. O Ministério da Saúde está licitando kits de testes rápidos para hepatites B e C. “Se tiver uma suspeita no teste rápido terá que ser confirmado no convencional. Uma campanha em massa, inclusive de testagem rápida. As regionais de saúde do Paraná e os CTAs vão participar desta campanha”.

 

**Ministério da Saúde**

Desafios e perspectivas para o período de 2011 a 2012

 

1 - Aprimorar a governança e gestão para o enfrentamento das hepatites virais

Estimular a inclusão de ações de enfrentamento às hepatites virais nos Planos Estaduais de

Saúde das 27 UF;

Fomentar pesquisas mediante a publicação de editais.

Até 2012 implantar a vigilância sentinela das hepatites virais nos Laboratórios de Saúde Pública.

 

2. Promover o acesso a serviços qualificados de atenção

Até 2011 viabilizar a ampliação da oferta de triagem para hepatites virais nos serviços de saúde;

Ter estabelecido em cada UF atendimento integral aos portadores de hepatites virais na rede de serviços, nos diferentes níveis de complexidade;

Estimular a ampliação da triagem sorológica nos Centros de Testagem e Aconselhamento – CTA;

Estimular a ampliação da oferta da sorologia para a hepatite D nas regiões endêmicas;

Ter pelo menos uma referência laboratorial em cada UF para realização de biologia molecular da hepatite C;

Ter desenvolvido materiais educativos específicos para portadores de hepatites virais.

Até 2012 ter pelo menos uma referência laboratorial em cada UF realizando o teste de HBV-DNA;

Ter produzido e validado testes rápidos para as hepatites B e C;

Ter validado um teste para a hepatite D.

 

3. Promover o acesso à vacinação contra a hepatite B, preservativos e outros insumos

1ª fase

Até 2011 ter ampliado a vacinação contra a hepatite B para a faixa etária de 20 a 24 anos;

Ter 95% de cobertura vacinal contra a hepatite B: da população na faixa etária de 15 a 19 anos; das pessoas privadas de liberdade; da população indígena acessada; dos trabalhadores de saúde da rede pública e privada;

Ter 100% de cobertura vacinal contra a hepatite;

Disponibilizar preservativos nos serviços que atendem os portadores de hepatites virais.

 

2ª fase

Até 2012 ter ampliada a vacinação contra a hepatite B para a faixa etária de 25 a 29 anos.

 

4. Reduzir a transmissão vertical da hepatite B

Oferecer triagem sorológica a todas as gestantes que realizam pré-natal na rede básica do SUS;

Realizar medidas profiláticas em todos os recém-nascidos de mães diagnosticadas com hepatite B.

 

5. Fortalecer o protagonismo e a articulação com o movimento social

Publicar edital para o fortalecimento das redes do movimento e redes sociais com ações de enfrentamento das hepatites virais.

Até 2011 publicar edital de apoio a eventos de mobilização, articulação e protagonismo em hepatites virais.

 

 

 

O que é hepatites?

As hepatites virais são doenças provocadas por diferentes tipos de vírus, sendo os mais comuns os vírus A, B, C, D e E. Todos esses vírus agem nas células do fígado, mas apresentam características epidemiológicas, clínicas e laboratoriais distintas.

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