Casa de not%c3%adcias   1144 x 150  %281%29

AMBIENTE

Medidas contra a exploração do Fracking voltam à pauta em Toledo

Com base em novo leilão para exploração do gás de xisto por meio do Fracking, poder público estuda medidas e estratégias para barrar exploração

 

15/01/2016 - 18:03


Preocupado com a exploração de gás de Xisto por meio do Fracking na região, o prefeito Beto Lunitti realizou uma reunião nesta sexta-feira (15). O encontro contou com a presença do vice-prefeito Adelar Holsback, o vereador Vagner Delabio, os secretários da Fazenda, Neuroci Frizzo e de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, José Augusto de Souza, o Ouvidor Geral do município, Antônio de Freitas (Zóio), o diretor do Departamento de Receita da Secretaria da Fazenda de Toledo Jaldir Anholeto e o auditor fiscal Renato Augusto Eidt.

O prefeito destacou a importância de retomar a mobilização local e estabelecer uma mobilização regional por meio de parcerias com a Associação dos Municípios do Oeste do Paraná (AMOP) e a Associação das Câmaras de Vereadores dos Municípios do Oeste do Paraná (Acamop) e reiterou a posição firme do município em não permitir a entrada do Fracking na região.

“O fraturamento hidráulico de rocha para extração de gás de xisto é considerado nocivo ao solo. Órgãos de saúde, institutos e universidades no mundo todo já apresentaram estudos científicos que comprovam o quão danosa é esta atividade e por isso temos que fazer o que for possível para impedir isso”, destacou Beto Lunitti.

O auditor fiscal Renato Augusto Eidt ficou encarregado de realizar os estudos e pesquisas técnicas e legais sobre a situação atual, munindo a administração com as informações sobre o a questão e acompanhando os trâmites. “Entre as ações a serem desenvolvidas pelo município para mobilização será a elaboração de uma carta do município, para alertar que a exploração do gás natural por meio do fraturamento hidráulico será um grande erro, pois prejudicará a produção agrícola da região”, explicou Renato. O documento será enviado à bancada de deputados em Brasília buscando alguma intervenção.

Segundo Renato, na publicação da 12ª rodada de leilões observa-se que mais de 43 mil metros quadrados de áreas foram arrematadas no Brasil. “Só no Paraná são cerca de 34 mil metros quadrados que estão com possibilidade de exploração e isso também abrange áreas em Toledo”, afirmou. Renato destacou ainda que a preocupação aumentou, pois em 2015 o governo federal publicou um decreto, retirando da competência do município e do estado a concessão do licenciamento ambiental que aprova exploração.

“A partir desse decreto quem fará o licenciamento são os órgãos da união, impedindo a interferência do estado e dos municípios. Isso preocupa, pois os leilões foram feitos sem consulta das autoridades locais e da população”, destacou.

Em novembro de 2015, Renato e uma comitiva formada por deputados paranaenses e vereadores toledanos visitaram áreas com esse tipo de exploração na Argentina. Segundo o auditor fiscal da prefeitura, ficou claro que a região explorada lá, de ambiente desértico, é diferente das áreas produtivas paranaenses. “23% da produção de grãos no Brasil são do Paraná e Toledo é o maior produtor agropecuário do Estado. Sabemos que a exploração do gás irá prejudicar as áreas produtivas caso seja liberada a atividade, então não podemos ficar omissos a essa situação”, complementou.

 

C%c3%b3pia de web banner 1144x250px