A Prefeitura de Toledo firma, na próxima segunda-feira (01), um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) como o Ministério Público do Paraná (MP-PR) para formalizar as ações de combate ao Aedes aegypti, transmissor da Dengue, Zika Vírus e Chikungunya.
A secretária de Saúde, Denise Campos, defendeu que Toledo trava uma batalha diária contra o Aedes aegypti. Segundo ela, os Ecopontos Itinerantes, realizados semanalmente, as blitze educativas, o Comitê Municipal de Mobilização Social Contra a Dengue (CMMSCD), envolvendo diversas associações e entidades, e o trabalho educativo em parceria com a Secretaria Municipal de Educação (SMED) contribuem significativamente para a diminuição dos índices de infestação. “Também temos as capacitações e atualizações para os agentes, profissionais de saúde, da atenção básica e urgência e emergência. Todas estas ações serão fortalecidas com o TAC”.
Sobre o Termo, Denise Campos, lembrou que um dos principais pontos é a ampliação do número de agentes de combate às endemias. Atualmente, são lotados na Coordenadoria de Controle e Combate às Endemias, nesta função, 63 servidores municipais. Com a realização do Processo Seletivo Simplificado este número chegará a 85. Até março de 2017 o TAC estipula a contratação de mais 10 agentes, totalizando 95.
“Vamos potencializar as áreas de cobertura. Atualmente o Ministério da Saúde preconiza um agente para cada 800 imóveis e já temos este número, porém se consideramos dados estatísticos temos aproximadamente 10% destes agentes em períodos de licença, férias ou atestados médicos”, disse Denise lembrando que Toledo possui mais de 51 mil imóveis. Também caberá à Prefeitura implantação de supervisões de área. “A intenção é que haja uma fiscalização maior do trabalho dos agentes de combate às endemias, bem como a efetividade das ações”, explicou.
A contratação também auxiliará nos bloqueios químicos e mecânicos, nos locais onde são confirmados casos de dengue. Um raio de 300 metros da residência da pessoa infectada passa por uma varredura em quintais, com a aplicação de praguicidas. “Precisamos de equipes para realizar este trabalho, principalmente quando se registram muitos casos como aconteceu no ano passado. Nestas situações é deslocado o pessoal das vistorias para atuar nestes bloqueios”.
Ainda segundo o TAC, caberá ao município a disponibilização de uma unidade padrão de armazenagem, manipulação e distribuição de praguicidas. Também deverão ser ampliados os pontos estratégicos e realizado um mapeamento de todos os locais propícios para a proliferação de larvas e a formação de criadouros, como cemitérios, grandes construções, borracharias, depósitos de ferros velhos, entre outras estruturas semelhantes. Todos estes espaços deverão apresentar o Plano de Gerenciamento de Prevenção e Controle da Dengue, contendo a rotina e os procedimentos para manter os ambientes livres do mosquito.
Nos espaços públicos nós temos a obrigação de realizar o plano em locais como os cemitérios e pátio de máquinas, por exemplo. Porém, por determinação do prefeito (Beto Lunitti) e pelo nosso entendimento, outros espaços como escolas e centros municipais de educação infantil, unidades básicas de saúde, assim como outros locais pertencentes ao município também deverão apresentar o Plano”, frisou Denise.
A secretária ainda acrescentou que o TAC é benéfico para os toledanos. “Vai fazer com que os gestores mantenham o compromisso com as ações preventivas”, concluiu.
Em 2016 Toledo ainda não registrou nenhum caso de dengue autóctone. Ao todo foram 51 notificações, sendo 11 não reagentes. Três casos importados foram registrados no município.