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SAÚDE

Saúde reduz 33% da mortalidade infantil no município, em 2015

Na última apresentação quadrimestral realizada pela Secretaria de Saúde, no mês de setembro de 2015, a Prefeitura comemorava a redução no índice de mortalidade infantil, nos dois primeiros quadrimestres. Na audiência pública ocorrida na última sexta-feira (12), na Câmara Municipal de Vereadores, o município confirmou a diminuição de 27 óbitos em 2014 para 18 em 2015. A redução de 33% deu a Toledo um coeficiente de 8,8 para cada mil nascidos vivos. O índice preconizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) é de 10 mortes para cada mil.

15/02/2016 - 17:21


Para chegar a estes números a Secretaria de Saúde trabalha com diversas frentes. Uma delas é a ampliação do número de consultas de pré-natal. Das 2.039 gestantes acompanhadas, 1.901 realizaram sete ou mais consultas durante a gravidez. Este fator também contribui para se manter zerado o número de mortalidade materna. Segundo a secretária de Saúde, Denise Campos, este índice representa qualidade de vida, desenvolvimento humano e socioeconômico, além de demonstrar que as políticas públicas de prevenção têm dado resultados.

A secretária de Saúde ainda acrescentou ainda as parcerias como Consórcio Intermunicipal de Saúde Costa Oeste do Paraná (Ciscopar) e com o Hospital Bom Jesus, que realizada o atendimento das gestações de risco. “Hoje a Rede Mãe Paranaense está funcionando muito bem. Em Toledo também temos o cuidado com a questão da infecção urinária, por meio de um comitê formado por profissionais do município”.

Denise também destacou os investimentos. Neste último ano, Toledo aplicou 29,30% de sua receita de impostos e repasses em saúde pública ultrapassando a marca dos R$ 75 milhões em despesas empenhadas. “É um valor considerável. A cada dia mais os municípios assumem o custeio dos serviços e isso acaba sobrecarregando o orçamento das Prefeituras”. Em 2015, o Governo Federal destinou, do valor total de gastos, 14,6% (R$ 11,5 milhões), o Governo Estadual 3,69% (R$ 2,93 milhões), enquanto o Governo Municipal aplicou 81,69% (R$ 63,75 milhões). Denise ainda lembrou que no primeiro quadrimestre Toledo não recebeu recursos do Governo Estadual.

Esta dificuldade foi destacada pelo integrante da Comissão de Saúde e Seguridade Social da Câmara Municipal, vereador Vagner Delábio. “Podemos observar a partir destes números que a cada dia mais existe uma sobrecarga dos municípios para com o atendimento em saúde”. Vagner ainda citou o caso do Hospital Bom Jesus, com a ameaça de fechar as portas, caso não consiga o credenciamento de seus leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) junto ao Sistema Único de Saúde (SUS). “É difícil para qualquer gestor realizar um trabalho de excelência com estas incertezas ‘pipocando’ a todo o momento”, frisou.

Outro avanço importante foi em relação aos atendimentos odontológicos, área que comemorou avanços significativos. Segundo Denise, foram realizados ajustes e toda a população, das diversas faixas etárias, conta os serviços de odontologia, além do aumento da oferta de consultas. “Chegamos aos 94 mil procedimentos neste ano. Isto é considerável e se deve ao empenho dos profissionais que atuam na área e também a chegada das equipes de ESB à Unidade Básica de Saúde do Santa Clara IV e do Jardim São Francisco”, concluiu.

Os dados foram demonstrados para a Comissão de Saúde e Seguridade Social da Câmara de Vereadores, conforme determina a Lei nº 141, que prevê esclarecimentos sobre os recursos aplicados no período, bem como a oferta e produção de serviços públicos na rede assistencial própria, contratada e conveniada. Participaram da audiência o presidente da Comissão, vereador Marcos Zanetti, juntamente com os demais integrantes, além de vereadores, Conselho Municipal de Saúde, servidores municipais da Secretaria de Saúde, o prefeito Beto Lunitti e a comunidade em geral.

Preventivos

No que diz respeito aos exames preventivos coletados na faixa de 25 a 64, no ano foram realizados 6.338. Em todas as idades, os números chegaram a 8.126. “Isso representa melhoria na qualidade de vida das pessoas. Quando são feitos estes exames, diminui-se o risco de câncer de útero”, frisou Denise Campos.

UPA

O relatório também apontou os dados do primeiro ano da Unidade de Pronto Atendimento Doutor José Ivo Alves da Rocha, a UPA da Vila Becker. Neste período 80.272 foram acolhidas, sendo 60.301 adultos e 19.632 crianças. A principal meta do equipamento é socorrer pessoas em situação de urgência e emergência encaminhadas pelas Unidades Básicas de Saúde (UBS’s), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), Bombeiros/SIATE e pacientes por procura espontânea.

Para atender a demanda, aproximadamente 170 profissionais, entre médicos, enfermeiros, administrativos, serviço de apoio e laboratório de apoio à disposição da população. Segundo a diretora da UPA, Vânia Gonçalez, os serviços são ininterruptos. A capacidade é de 250 pacientes/dia. Segundo informações da Secretaria de Saúde, a Unidade tem um custo mensal de aproximadamente R$ 1,1 milhão. Após a habilitação junto ao Ministério da Saúde (MS), a Prefeitura passou a receber do Governo Federal um repasse mensal de R$ 175 mil para ajudar no custeio de atividades. O primeiro pagamento do MS ocorreu em novembro de 2015. Até então, o município bancava sozinho, por meio de recursos livres, os atendimentos. 

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