O Administrador e consultor do BRDE, Paulo Marques Ferreira conta que a principal procura na agenda de Toledo foi de empresários já estabelecidos que desejam investir em seus negócios. “Nosso objetivo é orientar estes empresários e dizer a eles qual é a fonte mais interessante para financiar o seu projeto. Mostrar a ele qual a fonte oferece juros mais atraentes para seu negócio”.
Com o fim do Programa de Sustentação do Investimento, que tinha uma taxa média de 2,5% ao ano e financiava bens de capital, Inovação e Máquinas e Equipamentos Eficientes, Exportação Pré-embarque e Projetos Transformadores, no final do ano passado, a linha de crédito mais atraente hoje é a INOVACRED – que financia pesquisas e produção de produtos inovadores – que pratica uma taxa de 7,5% ao ano.
Outra linha de crédito que obteve consulta foi para construção civil. “Esta linha financia a construção civil com o objetivo de ampliar o próprio negócio e não de comercialização, por exemplo, o empresário tem um terreno e quer construir a sede própria do seu negócio. Nesta linha podemos financiar até 90% do investimento e 40% do valor captado pode ser utilizado para capital de giro. Oferece de cinco a oito anos de prazo e a carência no mesmo tempo que durar a obra podendo ampliar por mais seis meses a uma taxa média de 13% ao ano”, explicou Ferreira.
Para o setor rural o BRDE trabalha com as linhas do Plano Safra e com o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Neste último programa como atende a pequenos produtores a taxa praticada varia de 2 a 5% ao ano.
Outra linha disponível ao homem do campo é o ABC – voltado à produção orgânica, basicamente para adaptação da propriedade e recuperação do solo. “Este financiamento é destinado a projetos de reflorestamento, agricultura orgânica e energia alternativa. O produtor tem até 8 anos para pagar e três anos de carência. Cada CPF pode captar até R$ 2 milhões e a taxa varia de 7,5 a 8%”, orientou o consultor.
As Cooperativas têm linhas de crédito competitivas. “O setor tem uma linha especifica, porém seu quadro societário deve ser formado, pelo menos, 60% de agricultores familiares. O recurso disponível varia de R$ 10mil a R$ 45mil por associado. E a taxa, neste caso, é de 2 a 3% ao ano”.
O BRDE tem agência nas três capitais da região Sul, Porto Alegre, Florianópolis e Curitiba. Sendo que a capital paranaense forneceu o maior volume de financiamento, em 2015, cerca de R$ 1,3 bilhão, o que representa 42% dos investimentos das três unidades. A região Oeste é a que mais captou recursos de todo o estado.
Momento Econômico
Para Paulo Marques Ferreira como o objetivo do BRDE não é obter lucro, mas sim orientar o melhor negócio, os projetos oferecem segurança para prosperar. “Se o projeto foi aprovado pelo BRDE é porque é um projeto com chances de prosperar. Quando o empresário apresenta um projeto ele será analisado não só do ponto de vista de capacidade de pagamento, mas também de viabilidade do negócio, assim se o projeto é de risco para o empresário ele será orientado da melhor forma e se for aprovado, significa que ele tem grande chance de dar certo”.
Acesso
Para garantir o acesso às linhas de crédito aos produtores e aos empresários o BRDE conta com parcerias com Cooperativas de Crédito, a exemplo do SICREDI, CRESOL além de convênios com as Associações Comerciais de diversos municípios, como em Toledo a ACIT. Os interessados podem acessar mais informações diretamente no site do BRDE no link Entre em Contato, que o Banco fará contato.
Por Selma Becker
