De acordo com a presidente Maria Aparecida da Silva (Cida), o momento é preocupante e exige uma reflexão aprofundada dos gestores, pois além, dos profissionais da área já estarem prejudicados, o maior efeito será sentido pelos usuários caso se confirme os prognósticos negativos que podem levá-lo ao seu fechamento.
“É uma situação drástica não apenas para os trabalhadores do hospital, mas também para o usuário que será muito prejudicado. É importante chegar uma solução, pois vemos que essa situação já arrasta por algum tempo e não vemos avanços para tentar resolver”, disse a presidente.
A preocupação da líder sindical leva em conta dados divulgados pela própria Hoesp, sobre a necessidade de próximo de 4 milhões de reais mensais para custear pagamento de funcionários, plantonistas, aquisição de insumos e outros gastos em geral, sem contar no acúmulo de dívidas que vão se agravando a cada mês com aumentos de R$ 500 a 600 mil em razão do aumento nos atendimentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Para conscientizar a comunidade e chamar atenção dos representantes públicos da cidade, o Sindicato está organizando uma mobilização para a próximo terça-feira, 23, as 14h. A ideia é concentrar em frente ao hospital e fazer uma passeata até o prédio da 20ª Regional de Saúde. A previsão é que o movimento também ganhe a adesão não apenas dos profissionais da área, mas também da população que entende a importância que o hospital tem para todos os usuários da região.
“Não são apenas 480 postos de trabalho que estão em jogo. É mais que isso, é uma história de identificação com a cidade e não podemos deixar que nossa saúde se transfira de vez para a “UTI”. Vamos lutar para que o hospital mantenha seu funcionamento, valorize seus funcionários, honrando seus compromissos prestando bons serviços aos usuários”, finalizou Cida.