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CIÊNCIA

Mestrado de Ciências Ambientais da Unioeste firma convênio de Cooperação Científica com o IAP

O objetivo do convênio é aproximar a ciência das demandas da sociedade, por meio de trocas de saberes entre o Instituto e a produção científica da Universidade.

04/03/2016 - 13:45


O mestrado de Ciências Ambientais, da Universidade Estadual do Oeste do Paraná – Unioeste, firmou na manhã desta sexta-feira (4), convênio de Cooperação Científica com o Instituto Ambiental do Paraná – IAP. O objetivo do convênio é aproximar a ciência das demandas da sociedade, por meio de trocas de saberes entre o Instituto e a produção científica da Universidade.  Inicialmente duas demandas já foram apresentadas: o aprofundamento dos estudos sobre odores no município e a questão da piscicultura, no entanto, outros projetos deverão incorporar-se ao Convênio.

O interlocutor da Unioeste no Convênio, professor doutor, Cleber Lindino, conta que a necessidade de formalizar a Cooperação nasceu de um trabalho que já acontecia informalmente entre a Universidade e o IAP. “As principais ideias do acordo de Cooperação Científica é de que nós possamos conversar mais, com o objetivo de promover uma maior aproximação da academia e a sociedade, diante da urgência das questões ambientais e fortalecer as Instituições Públicas”.

Para a chefe regional do IAP em Toledo, Maria Gloria Genari Pozzobon, o Convênio de Cooperação Científica vai qualificar a Ciência e contribuir com o trabalho do Instituto. “O IAP pela sua atribuição, que é de fiscalização e licenciamento, tem informações ambientais extremamente importantes, como um banco de dados de várias décadas, não só de Toledo, mas de outros 21 municípios da nossa área de abrangência. São dados quem podem indicar planejamentos futuros. E por outro lado, a Universidade tem a atribuição do ensino, pesquisa e extensão e desta forma, poderemos trabalhar em conjunto naquilo que é prioridade na nossa região, em termos ambientais e com sustentabilidade”.

Maria Glória destaca que o acordo de Cooperação pode contribuir para o avanço do entendimento sobre o desenvolvimento sustentável. “O IAP tem as ferramentas de gestão ambiental que são importantes para o desenvolvimento econômico e social, com qualidade ambiental. Embora o conceito de sustentabilidade, ainda não é muito claro, ele depende de muitos atores, e com esta parceria entre o IAP e a Universidade nós podemos caminhar juntos para entender melhor o que é sustentabilidade e contribuir para um crescimento econômico que leve em consideração as variáveis ambientais. Temos que pensar em planejamento de desenvolvimento de forma que garanta qualidade ambiental para todos”.

Convênio

Cleber Lindino explica que o Convênio assinado entre as Instituições funciona como um guarda-chuva. “Foi formalizado um convênio que ainda não existia. Num primeiro momento ele foi direcionado para um planejamento de trabalho do mestrado de Ciências Ambientais e o IAP, a partir de uma demanda de ambas as partes. Ele vai possibilitar que outras pessoas possam usá-lo, por meio de aditivos ao convênio”.

Inicialmente o foco dos trabalhos será dado a demandas já estabelecidas. “Estão surgindo demandas muito importantes, como a questão da piscicultura e dos odores. são duas coisas que já estão no nosso plano de atividades e precisamos refinar isso, mesmo porque vamos precisar de recursos. Com o convênio vamos buscar estes recursos para que, por meio, da expertise do Mestrado e do IAP possamos juntos encontrar soluções ambientais viáveis para Toledo”, disse o professor.

Cooperação Científica

Cleber Lindino destacou a importância do trabalho colaborativo. “Muitas vezes, apesar de publicarmos nosso trabalho por meio de um artigo científico, por exemplo, ainda não é aquela coisa aplicável. Quando você trabalha com um órgão que está ligado diretamente com a sociedade, pelo meio ambiente você pode fazer com que estes trabalhos tenham uma amplitude e aplicação mais efetiva”.

O coordenador do Programa de mestrado de Ciências Ambientais, Dirceu Baumgartner, avaliou a importância do Convênio para o Programa. “O IAP tem informações ambientais importantes, que hoje a Universidade não tem como consegui-las, então esta parceria vai garantir as informações que nós possamos fazer ciência a partir delas. Os problemas ambientais colocados podem ser resolvidos a partir de tecnologias que melhorem o ambiente para a população como um todo. Esta parceria trará ganho ambiental para Toledo e região”.

O diretor geral do Campus de Toledo da Universidade Estadual do Oeste do Paraná – Unioeste, professor Remi Schorn, destacou o Convênio como instrumento de aproximação da Ciência e Sociedade. “É uma aproximação entre as inteligências, nós temos dentro da Universidade, nas mais variadas áreas, pessoas que fazem suas pesquisas e apresentam os seus resultados todos os dias, no entanto, o conjunto da sociedade também é formado por inteligências que tiveram suas carreiras e estão interrogando, buscando soluções para os mais diversos problemas que a sociedade vive. E este convênio cumpre com esta relação entre as instituições, de unir as inteligências. A finalidade última do conhecimento é uma possibilidade concreta de nós nos construirmos como seres humanos e nós nos construímos transformando a sociedade que vivemos”.

Captação de recursos

Dirceu Baumgartner avalia que a cooperação técnica contribuir na hora de captar recursos para pesquisa e desenvolvimento da ciência e tecnologia. “Quando um pesquisador protocola seu estudo em um órgão de fomento, para eles é um indivíduo pedindo recurso. Quando empresas e outras Instituições se unem em prol da ciência, para o órgão de fomento, fica claro que é uma demanda da sociedade”.

Da redação.

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