Casa de not%c3%adcias   1144 x 150  %281%29

DESENVOLVIMENTO

Uso de energia solar pode reduzir a conta em até seis vezes

O uso de energia solar em residências, empresas ou em propriedades rurais pode reduzir o valor da conta de luz em até seis vezes. Esse foi dos pontos discutidos na última quinta-feira, 2, em Cascavel, pela Câmara Técnica de Energias Renováveis do Programa Oeste em Desenvolvimento, incentivadora do uso desta matriz energética.

09/03/2016 - 00:05


“Além de mais barata que a convencional, a energia fotovoltaica também é limpa. Como nosso foco é o desenvolvimento da região, reduzindo os custos da produção e ampliando a competitividade, estamos sempre em busca de alternativas. O uso das placas solares pode auxiliar”, explicou Augusto Stein representante do Sebrae, no Oeste em Desenvolvimento.

Um exemplo desta redução vem da própria Associação dos Municípios do Oeste do Paraná (AMOP), local onde foi realizada a reunião. Segundo o engenheiro eletricista Leandro Rudnicki, em fevereiro de 2014, a instituição pagou à Copel R$ 1.279 de luz. Um ano depois, após ter instalado 52 paineis solares, a fatura reduziu para R$ 252 mesmo com um aumento de 65% no valor do quilowatt.

Rodrigo Lopes Sauaia, presidente da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) explicou que muitas pessoas e empresários gostariam de aderir à energia solar, mas um dos grandes empecilhos sempre foi o investimento inicial, que não é muito barato. Entretanto, agora, o Governo Federal, para incentivar o uso desta matriz energética limpa e muito adequada no Brasil, está liberando recursos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e do FGTS para a instalação dos projetos solares.

Na sede da AMOP, por exemplo, o projeto custou R$ 100 mil. Com os reajustes no valor da energia, a expectativa é que o investimento seja pago em cinco anos e depois comece a gerar lucro.

Nova legislação

Entres outras várias vantagens para quem deseja começar a utilizar essa fonte de energia é que desde 1º de março a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), alterou a Resolução Normativa nº 482/2012, reguladora do Sistema de Compensação de Energia Elétrica, permitindo que o consumidor instale pequenos geradores (tais como paineis solares fotovoltaicos e microturbinas eólicas, entre outras fontes renováveis) em sua unidade consumidora e troque energia com a distribuidora local com objetivo de reduzir o valor da sua fatura de energia elétrica. “Ou seja, a partir de agora, a energia gerada e não utilizada gerará créditos e poderá ser deduzidas das faturas dos meses seguintes”, explicou Sauaia.

O prazo de validade dos créditos passou de 36 para 60 meses, e podem ser usados também para abater o consumo de unidades consumidoras do mesmo titular situadas em outro local, desde que na área de atendimento de uma mesma distribuidora. Esse tipo de utilização dos créditos é chamado de “autoconsumo remoto”.

Muito a crescer

Sauaia explicou que no que depender do sol, os brasileiros não ficam sem energia nos próximos quatro bilhões de anos e, hoje, não existem barreiras técnicas para que a energia solar seja mais utilizada. “A participação dessa fonte de energia no sistema elétrico brasileiro ainda é muito pequena, sendo só 0,02% do total, perde até para a nuclear, que é 70 vezes maior. Precisamos nos aprofundar no tema e disseminar os benefícios e possibilidades que a geração de energia fotovoltaica traz para todos”, enfatizou.

Segundo Sauaia essa matriz energética tem legislação recente e, por conta disso, ainda tem um percentual muito abaixo de outras fontes geradoras. “Em meados de 2012, quando se começou a explorá-la como fonte energética, eram apenas três sistemas de micro e minigeração no Brasil. No ano seguinte, aumentou para 75. O maior salto se deu de 2014 para 2015, na qual esse tipo de produção cresceu 308%. Neste ano, de acordo com a previsão da Aneel, o crescimento será ainda maior, na casa dos 800%”, afirmou.

Oeste em Desenvolvimento

O Programa Oeste em Desenvolvimento é uma iniciativa que une mais de 40 instituições como a Itaipu Binacional, o Parque Tecnológico de Itaipu (PTI), o Sebrae/PR, o Sistema Cooperativo, a Caciopar, a Amop, a Emater e a Fiep. O programa tem como objetivo promover o desenvolvimento econômico do oeste do Paraná por meio de ações integradas e com foco nas potencialidades regionais.

C%c3%b3pia de web banner 1144x250px