De acordo com o professor Vilmar, o espaço é aberto para a comunidade interna e externa da Universidade, sendo um complemento do complexo onde está instalado o relógio do sol – que também objetiva divulgar a ciência - e está sendo concebido com a perspectiva de que até as crianças possam o entender, por isso, será alto explicativo.
O grupo de pesquisa decidiu criar um projeto que as crianças possam estar acompanhadas do professor ou dos pais para instigá-las a imaginar o que tem dentro da caixa, o que as pessoas imaginarão quando colocaram seus pertences e o que irá acontecer quando for aberto. “Conseguindo esse contexto histórico e esse processo de evolução tudo será mais fácil, e é isso que queremos, fazer com que imaginem como a ciência se constrói, se desenvolve e porque é importante olhar para as coisas do passado, pensar no presente e imaginar o futuro. É nesse sentido que estamos trabalhando”, explica Malacarne.
O complexo será no formato de uma ampulheta, ao redor serão colocados dois bancos e no centro terá uma caixa de mais ou menos 1m³, feita com várias camadas de materiais para impedir que entre umidade e lixos, pois dentro da caixa existirá vários pertences.
O professor relata que cada um dos cinco centros do Campus de Cascavel, a direção geral, o grupo de pesquisa e uma escola do bairro, receberam uma caixa de arquivo para conservar objetos pessoais de interesse. “Por exemplo, a escola municipal Dilair Silvério Fogaça, no Bairro Universitário, fornecerá materiais pessoais escolhidos pelas crianças que serão recolhidos para darmos o devido tratamento, separando papeis, metais e plásticos, na capsula. Esses materiais podem ser qualquer coisa, desde que não sejam perecíveis, como um brinquedo, carta, foto, entre outros, pois a caixa só será aberta daqui 56 anos, quando o Campus de Cascavel completar 100 anos em 16 de agosto de 2072. Esse ano, o Campus faz 44 anos dia 16 de agosto”.
Durante o período que a capsula estiver fechada as crianças, adolescentes, jovens e adultos serão estimulados a refletir o quanto a evolução da ciência é importante no contexto social, declara Vilmar.