O Programa Oeste em Desenvolvimento (POD) quer melhorar a qualidade da água dos açudes da região e assim ampliar a produção de peixe. Uma proposta será apresentada pela Câmara Técnica da Proteína Animal aos produtores de pescado nesta sexta-feira (15), às 10h, Associação Comercial de Toledo (Acit). O objetivo de reduzir a quantidade fósforo nas rações que, além de poluir a água, faz mal à saúde.
Há todo o cuidado por parte do POD, porque a previsão do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento é que em 2016 a cadeia cresça 22% no Paraná, superando a meta nacional, de 15%.
E o maior produtor do Paraná está justamente no Oeste. É o município de Maripá, que cresceu 27%, em 2015. O principal destino dos peixes são os cerca de 18 frigoríficos de pequeno, médio e grande porte em atividade na região. Eles compram 80% da produção dos piscicultores. Os 20% restantes são vendidos para outros estados, como São Paulo, Santa Catarina, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
Segundo Jonhey Nazário Lucizani, representante do Parque Tecnológico Itaipu (PTI) no Programa, com esta previsão de crescimento, o cuidado com a água é fundamental, e a grande quantidade de fósforo nas rações prejudica a água. “Com a união de vários parceiros, estamos montando um protocolo para avaliar a qualidade das rações. Também será feito um trabalho de conscientização com os produtores sobre a importância do manejo adequado e a decantação correta”, afirmou.
O cuidado com a água também será o foco de uma parceria com o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE), de Marechal Cândido Rondon, que será lançada em Toledo, no dia 26. A ideia é incentivar o reaproveitamento de água através de cisternas para os produtores de frango da região.
Na quinta-feira (14), também em Toledo, o tema foi a destinação adequada dos dejetos de suínos, uma das principais atividades agropecuárias do território.
Ação
Jaime Nelson Nascimento, representante da Itaipu, no Programa, afirmou que o POD entra numa fase de ações. O primeiro passo foi o levantamento das potencialidades. Depois, em parceria com produtores, cooperativas e entidades da região foi diagnosticar os gargalos que poderiam impedir o crescimento das quatro cadeias da proteína animal (peixe, frango, suíno e leite), consideradas as principais fonte de renda do território. “No final de 2015, realizamos várias oficinas para traçarmos as estratégias do que precisaria ser feito. Com esse mapa em mãos, agora, estamos na fase do trabalho. Projetos e parcerias para sanar esses problemas levantados”.
Oeste em Desenvolvimento
Lançado em 2014, o Programa Oeste em Desenvolvimento é uma iniciativa que une mais de 40 instituições como a Itaipu Binacional, o Parque Tecnológico de Itaipu (PTI), o Sebrae/PR, o Sistema Cooperativo, a Caciopar, a Amop, a Emater e a Fiep.
O programa tem como objetivo promover o desenvolvimento econômico do oeste do Paraná por meio de ações integradas e com foco nas potencialidades regionais. Atua sobretudo nas áreas de Infraestrutura e Logística, Pesquisa e Desenvolvimento, Crédito e Fomento, Capital Social e Cooperação, e Energias Limpas e renováveis.
Fonte: Da Assessoria.
