A ação foi articulada pelo Ecomuseu de Itaipu, em parceria com o Conselho dos Municípios Lindeiros ao Lago de Itaipu, como uma das iniciativas ligadas ao Programa Cultivando Água Boa com apoio da Unila e Unioeste.
O evento aconteceu no Teatro Municipal de Toledo e contou com a participação de gestores públicos e agentes culturais de 29 municípios da Região Oeste do Paraná. Foram vários painéis, oficinas, palestras, apresentações de artistas locais e diversos diálogos sobre Cultura, Territórios e Cidades. O encontro instigou a pensar Cultura não apenas como uma agenda de eventos e sim como expressão do povo que vive em um determinado território.
Avaliação
A técnica do Ecomuseu de Itaipu e coordenadora do evento, Tatiara dos Santos Damas Ribeiro, avaliou de forma muito positiva o 1º Encontro Regional de Cultura. “Conseguimos constituir tanto a concepção quanto a própria realização do evento de forma colaborativa. Foi realmente um lugar de encontro, de diálogos, de debates. A cultura normalmente trás temas que normalmente não são de consenso e que precisam ser enfrentados. Aqui foi um espaço, que além de debater algumas questões intrínsecas da cultura, serviu para conhecer iniciativas locais e regionais, para também servir de inspiração ou referência”.
Tatiara disse que o plano é continuar proporcionando encontros para que essa Rede se amplie e que as pessoas se sintam pertencentes da Rede Regional de forma que isso possa causar impactos positivos no fortalecimento da cultura da região.
Ela explica que durante o evento foi discutido o conceito ampliado de Cultura, não só como linguagem e eventos, mas também como modo de saber, modo de viver, formas de sociabilidade que são específicas. “Os participantes puderam refletir sobre como foi a ocupação de nosso território, o que nos liga como comunidade e pensar isso como fator primordial para o planejamento da cidade, tanto na área urbana, quanto rural”, salientou a organizadora.
“Não existe uma resposta pronta”, afirmou Tatiara. “Foi discutido a democracia como um direito à cidade, ela precisa pensar o desenvolvimento de forma humana e que não seja para poucos. A cultura pode e deve ser um fio condutor para esse processo”. Ela também elogiou o município e a parceria firmada. “Toledo foi parceiro desde o início da organização do evento. Quando as pessoas estão unidas fica mais fácil fazer a coisa acontecer”, concluiu.
Participantes aprovaram as atividades
O diretor presidente da Fundação Promotora de Eventos de Marechal Cândido Rondon (Proem), Luiz Felipe Cavalcante Albuquerque, elogiou o encontro. “O evento foi bem bacana. Viemos com o objetivo de estar discutindo a cultura regional. A BP3 é um território diverso e essa pluralidade que temos da cultura aqui é o foco do trabalho da Rede Regional de Memórias e Museus. Aqui houve uma busca por diálogos e soluções junto com a sociedade civil para construir uma política pública de cultura que atenda os anseios da sociedade”, disse Felipe.
Para ele, os diálogos foram bem construtivos. “Saio com algumas alternativas, mas também com algumas inquietações do que pode ser feito e do que podemos buscar. Quando a gente fica acomodado o trabalho não flui bem, sempre temos que ter uma inquietação para o trabalho fluir melhor. Tivemos exemplos da museologia comunitária, da participação social, esse foi nosso grande aprendizado do encontro aqui em Toledo”, exaltou Felipe.
A estudante de Arquitetura e Urbanismo da Unila, Bruna Caroline Probst Santos, comentou sobre a temática da conferência. “É um assunto chave no nosso curso, discutimos muito sobre a formação das cidades, do território e a participação da população na formação desse território. Achei que foi um evento que tinha tudo a ver com o que estudamos no dia a dia. Eu sou de Toledo, então foi uma oportunidade muito boa, pois é o primeiro evento acontecendo aqui que meu curso participa”, comemorou a acadêmica.
“Foi uma forma de abrir os horizontes para mostrar a cara da Unila, discutir a região como um todo e essa formação conjunta dos territórios aqui da BP3. Todas as palestras foram interessantes, era o que eu esperava mesmo. Várias pessoas diferentes para falar sobre o mesmo assunto”, completou a jovem.