A posse festiva das diretorias da Associação Comercial e Empresarial – ACIT e do Conselho do Jovem Empreendedor- Cojem realizada na noite de sexta-feira (15) contou com a presença da comunidade empresarial e diversas lideranças. O tom dos discursos foi à defesa do associativismo como caminho para superação da crise, e a reforma política para construção de um novo sistema político. O presidente da ACIT, Flávio Furlan defendeu a ética como exercício da democracia, o diálogo como o caminho e refutou o julgamento leviano. Destacou a importância do respeito às ideias e ao jeito de cada um, como base de um país justo, desenvolvido e equilibrado. Ele defendeu a unidade do país como pressuposto do desenvolvimento e da democracia.
Danilo Gass que se despediu da presidência da Associação avaliou positivamente o trabalho realizado. “É uma instituição que requer muita responsabilidade para dirigi-la, mas eu saio com a sensação de dever cumprido. Foram 15 anos de atuação na entidade, como voluntário passando por quase todas as diretorias e departamentos. A Acit representa 90% do PIB da indústria, comércio e prestação de serviços por isso é uma grande responsabilidade, mas posso dizer que foi um ano diferente e estou feliz porque conseguimos cumprir com tudo aquilo que tínhamos planejado”.
Gass destacou o desafio da Associação para este ano. “O desafio é continuar o trabalho, sem continuísmo, pois Flávio tem um perfil diferente do meu, mas a entidade e suas demandas seguem e a Acit sempre deve se posicionar, nunca no viés político partidário, mas devemos ter posição porque somos autossuficientes e isso nós conquistamos com os 33 ex-presidentes que passaram pela entidade”.
O papel da Acit no desenvolvimento econômico e político foi destacado pelo seu presidente Flávio Furlan. “Estou preparado para fazer com que a nossa Associação continue sendo um exemplo no associativismo. Vivemos um momento ímpar na história do nosso país e o desafio é conseguir unir estes dois lados que acabaram rompendo e isso não contribui para o progresso do Brasil”.
Furlan criticou a condução do debate político, o julgamento leviano e a intolerância. “Na verdade as pessoas estão se adjetivando, promovendo um combate de ideias, ideologias da forma que, na minha concepção não é salutar. Às vezes me sinto envergonhado pelo o que acontece em Brasília, aquilo parece um circo. Embora tenhamos políticos serios e comprometidos com os processos legais em si”.
O prefeito Beto Lunitti compartilhou a importância da harmonia das instituições e das pessoas para o desenvolvimento. “A democracia esta madura e foi muito importante todos os processos que a construíram. As instituições estão consolidadas e isto dá segurança que tudo isso que está acontecendo no país, vai passar. Há quase 70 anos, em Toledo, vivemos uma história de civilidade e, por isso, temos que pensar no coletivo. Precisamos respeitar as diferenças e promover um ambiente favorável para a construção do bem comum”.
O presidente da Acit defende que a Associação faça o dever de casa. “O nosso dever é cuidar daquilo que está ao nosso alcance e torcer para que lá em cima (Brasília) eles possam se entender e começarem a trabalhar para melhorar este país”.
A confiança na força do Associativismo manifestado por Furlan foi compartilhado por outras lideranças, como o representante da Faciap Rainer Zielasko. “Eu acredito que é só através do associativismo, cooperativismo e do trabalho em parceria que se pode resolver o problema do país. Dentro das Associações Comerciais o trabalho é voluntário e as pessoas que vão lá, têm um objetivo muito claro que é criar um ambiente mais propício para o desenvolvimento das empresas, prestadores de serviço e da indústria. E por se tratar de um trabalho voluntário as associações têm toda a legitimidade para defender as melhores propostas para o Brasil”.
O representante da Faciap explicou porque o associativismo é o caminho. “As pessoas praticam o associativismo porque sabem que as cidades que tem o associativismo forte são mais desenvolvidas e tem um maior índice de desenvolvimento humano, e também, porque o associativismo nos faz pessoas melhores, por isso nos cabe chamar cada vez mais pessoas para participarem. É através do associativismo é que vamos transformar o Brasil, num país mais justo”.
Beto Lunitti enfatizou a relação da Acit com demais instituições e poderes. “Esta grande diretoria que assume representa a grandeza da Acit e, também, deste município, por isso é importante esta relação harmônica entre as instituições. A Acit e o poder público têm feito a sua parte nesta relação”.
Em relação ao cenário político nacional Rainer Zielasko defendeu a ideia que o Brasil só muda se houver uma reforma política profunda. “É um momento delicado, porque estamos por um lado ansiosos e, por outro, inseguros. Os investidores têm um temor pelo o que pode acontecer, mas temos a esperança de termos um país passado a limpo, as coisas ruins têm que ser extirpadas e precisamos criar um sistema novo. Eu não acredito que haja um Brasil melhor, sem que antes haja uma reforma política, com a redução do número de partidos, porque este sistema de barganha, independente de quem esteja no poder, jamais vai conseguir conduzir o país”.
Cojem
A diretoria do Conselho Jovem Empreendedor também tomou posse, na noite de sexta-feira. Assumiu a presidência Marcos Vinicius Malacarne, que destacou o trabalho do Conselho. “Estou liderando líderes, o que é muito mais complexo. O desafio é capacitar os conselheiros para o associativismo e cumpri com nosso planejamento, em especial, buscar mais capacitações. E manter nossa integração e levar o trabalho de Toledo para fora, com a representação da Caciopar e Faciap Jovem”.