Em Assembleia do Sindicato dos Empregados dos Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Toledo e Região, que representa os trabalhadores do Hospital Bom Jesus, a maioria dos presentes disse sim na noite da última segunda-feira, 18, a uma possível greve no hospital que é referência no atendimento regional a pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).
A principal reivindicação dos trabalhadores é por salários em dia, uma vez que o pagamento do mês de março ainda não caiu na conta e desde o início do ano, assim como auxílio alimentação os atrasos vem acontecendo com frequência e acarretando dificuldades aos trabalhadores.
Além dos salários, o Sindicato também pleiteia o retorno das horas extras, cortadas para baixar custos operacionais e que tiveram como consequência uma sobrecarga de trabalho à aos profissionais de saúde.
Segundo o Sindicato, a legislação prevê até seis pacientes por técnico, mas com a imposição de folgas pelo Hospital, eles chegam a atender o dobro disso, provocando o estafe físico no trabalhador e uma baixa qualidade nos atendimentos.
O indicativo de greve, que serve também como comunicado oficial ao Hospital Bom Jesus, deve ser publicado nesta quarta-feira, 20. Após 72 horas, a greve pode ser deflagrada a qualquer momento.
Segundo a presidente do Sindicato da Saúde Maria Aparecida da Silva (Cida), mesmo com o indicativo publicado, não significa que a greve possa ocorrer, pois é necessário esgotar todas tentativas de negociações e nesta terça-feira, deve acontecer um reunião com os gestores do Hospital. “Estamos tentando dar um ponto final a essa situação através do diálogo, mas temos várias dificuldades devido a situação que o hospital se encontra”, disse a presidente.
Por outro lado, se confirmada a greve, Cida chama a atenção para adesão dos trabalhadores. “Essa não é uma luta apenas do Sindicato. Para que as nossas reivindicações ganhem força junto ao empregador, é importante que haja uma paralisação maciça. E é essa pressão que vai garantir os direitos desses profissionais”, disse.