“É uma experiência gratificante atuar em projetos sociais como este, sendo ainda mais especial para mim, porque estou atuando na cidade em que nasci”. Acadêmica do 2º ano do curso de Odontologia, Ane explica que a ideia teve a aceitação imediata dos colegas. “Trata-se de uma oportunidade para aliar teoria e prática. Ano passado fizemos o mesmo trabalho no CERTI da Coopagro e o retorno foi ótimo”. De acordo com o coordenador municipal do setor odontológico, Luiz Augusto Minghini, passou o tempo da estigmatização do que se vulgarmente chamava “dentista dos pobres”. “A odontologia social trata-se de uma realidade, mercado de trabalho aos futuros profissionais e campo para se promover qualidade de vida à população”, analisa Minghini, reiterando que a ação do próximo sábado alinha-se às diretrizes de educação continuada promovidas pela prefeitura nesta área. “Além da visão curativa, priorizamos a questão preventiva. Este evento é para toda a família, com ações de higienização para as crianças e palestras sobre o câncer bucal. O diagnóstico precoce é fundamental para as chances de cura. Os maiores fatores da doença estão relacionados ao uso prolongado de cigarro e álcool, além da exposição ao sol. Aftas ou feridas, por mais de quinze dias, podem indicar algum problema e portanto deve-se buscar auxílio profissional e se realizar os devidos exames”.
Minghini explica que há dois Centros de Especialidades Odontológica (CEOs) na cidade e que a boca dos toledanos é cuidada do zero aos cem anos pelo município. “Naturalmente, os idosos exigem mais cuidados, aconselhando-se que ele vá a um profissional com mais regularidade. Há a questão dos ajustes das próteses e possíveis problemas com a língua. Se mal higienizada, resíduos alimentares se depositam e a pessoa perde a capacidade de perceber a quantidade de sal e doce na comida, o que pode levar à hipertensão ou ao diabetes”, alerta o dentista com a experiência de mais de trinta anos na carreira, acreditando que a população idosa deverá dobrar nas próximas décadas. A coordenadora do CERTI , Odete Ravache, explica que o preparo para a terceira idade começa antes mesmo do 60 anos, como definido pelo Estatuto do Idoso. “A partir dos 50 anos, já começamos a preparar as pessoas para que elas encarem com tranquilidade esta nova fase da vida”.
Da Assessoria - Toledo
