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TRÂNSITO

Sono é a causa de 30% das mortes em rodovias brasileiras

Dormir mal pode reduzir em 50% a concentração do condutor no trânsito

13/05/2016 - 15:46


Dados da Associação Brasileira do Sono (ABS) mostram que 30% das mortes ocorridas nas rodovias brasileiras são causadas por motoristas que dormem ao volante. Pensando nisso, o Departamento de Trânsito do Paraná (Detran) faz um alerta sobre os perigos de dirigir cansado e sonolento.

 

“Com o ritmo estressante e agitado do trânsito nas cidades e até mesmo a rotina pesada de caminhoneiro nas rodovias, os motoristas estão dirigindo cada vez mais cansados. Com sono, o condutor não consegue agir a tempo para desviar de uma batida ou corrigir a direção do seu veículo”, destaca o diretor-geral do Detran, Marcos Traad.

 

Segundo a neurologista da ABS, Marcia Assis, o estresse é um dos fatores que mais refletem na qualidade do sono e que podem trazer prejuízos no trânsito. “O estresse provoca um estado de hiperatividade em que os pensamentos estão acelerados e prejudicam o início do sono. Quando não dormimos o suficiente as nossas funções diárias, sejam sociais ou profissionais, ficam prejudicadas pela sonolência, alterações na memória e atenção. Dessa forma, ficamos mais sujeitos a acidentes graves”, explica.

 

Para Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet) dormir mal pode reduzir em 50% a concentração do condutor no trânsito. Os motoristas e motofretistas que excedem horas de trabalho são considerados os mais vulneráveis ao sono na direção.

 

LEGISLAÇÃO

 

A Resolução 425/2012 do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) tornou mais rígido o exame médico para quem vai tirar ou renovar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Todos os candidatos que pretendem conquistar a habilitação de motoristas profissionais, registrados com as categorias C, D e E, devem passar, além das avaliações cardiológica, auditiva, neurológica e oftalmológica, por uma avaliação específica para se detectar possíveis distúrbios do sono.

 

Para tanto, é utilizada uma escala mundialmente aceita no setor científico, chamada escala de sonolência de Epworth. Nela, o candidato irá responder sobre a chance de cochilar em situações corriqueiras. Caso haja indícios de apneia do sono, o médico do tráfego poderá solicitar avaliação com o médico especialista na área e o exame de polissonografia. Dependo do resultado, o tempo de validade da CNH pode ser reduzido ou a categoria reclassificada até que o condutor busque o tratamento.

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