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ECONOMIA

Regionalmente cooperativismo de crédito já representa 15% do sistema financeiro; projeção nacional estima crescimento de 30% para 2011

O sistema de cooperativismo de crédito no Brasil vem esboçando um crescimento que já se coloca como força competitiva dentro do mercado financeiro, disputando significativamente seu espaço frente aos bancos convencionais. Prova disso foi a recente pesquisa divulgada pelo Banco Central que aponta que os ativos totais do sistema cooperativo de crédito cresceram 30% no ano passado, em comparação a 2009. Diante disso, o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes Freitas, estima que o setor em 2011 vai manter o ritmo de crescimento.E os números projetam esse crescimento: os ativos das 1.370 sociedades de crédito eram de R$ 52,8 bilhões em 2009 e evoluíram para R$ 68,7 bilhões em 2010, com perspectiva de chegar a R$ 88 bilhões em 2011.

14/05/2011 - 07:41


Os números foram revelados em reunião do Conselho Consultivo do Ramo Crédito (Ceco) na na sede da OCB. No encontro que objetiva discutir uma agenda de curto e médio prazos para o cooperativismo brasileiro os resultados foram avaliados. Márcio Freitas disse que, para o setor alcançar o estágio atual, com 5,1 milhões de associados e ativos crescentes, foi preciso profissionalizar o processo de gestão e de investimentos na governança cooperativa. Para isso, o sistema teve o apoio de parceiros como o BC que, segundo ele, contribuiu diretamente para a definição de marcos regulatórios importantes. O chefe do Departamento de Organização do Sistema Financeiro do BC, Luiz Edson Feltrim, ressaltou que “para crescer é preciso enfrentar, pelo diálogo, os desafios”. No seu entender, esse papel foi bem conduzido pela OCB, pois o sistema de crédito cooperativo já concorre com o Sistema Financeiro Nacional.

Nesse sentido o presidente da centralizadora e da holding Sicredi Participações S.A., Manfred Dasenbrock falou a reportagem da Casa de Notícias que o sistema vem trabalhando com o planejamento estratégico com o propósito de consolidar esse movimento de crescimento da cooperativa. Ele destacou que o Sicredi definiu para os próximos cinco anos metas como ampliar a rede de atendimento, pois o objetivo é que o sistema esteja presente em todos os municípios do Paraná.
O presidente da centralizadora e da holding Sicredi Participações S.A afirma que Banco Central, enquanto organização, espera que as cooperativas tem uma participação significativa no sistema financeiro e supere o dois dígitos. Ele relata que a participação já é superior a 10%. “Em nível nacional estamos superando os 2%,  e em nível regional vivemos ilhas de excelência, como oeste do Paraná – cidades como Toledo e vizinhas – em que temos uma participação muito maior. Já superamos os dois dígitos.  No estado do Paraná, se tirar Curitiba, as cooperativas já representam mais de dois dígitos chegando de 14 a 15% de participação no sistema financeiro nacional, onde se vê uma concorrência com cinco ou seis bancos”, afirma Manfred. Ele avalia que essa participação já é uma cota considerável e ressalta que regionalmente essa cota já é maior.  Segundo o presidente da holding Sicredi Participações S.A esse resultado se deve a “pujança das cooperativas, que possuem uma boa base patrimonial, de cooperados, além de preservar sua saúde financeira atendendo todos os indicadores e enquadramentos legais,  não se expondo e avaliando todos os risco de credito, imagem, liquidez”. Em sua avaliação a observação destes fatores faz com que as cooperativas ampliem a sua participação no sistema financeiro.
Manfred analisa que o Banco Central vê as cooperativas de crédito como uma alternativa viável para concorrer com um mercado altamente capitalista.  “Os bancos em sua maioria tem acionistas, e querem resultado a curto prazo, e a cooperativa tem esse viés de crescer a médio, e não foca no resultado e sim no atendimento. Mas isso não quer dizer que não precise de resultado para continua crescendo em patrimônio e infra- estrutura. A questão é que o resultado não é o foco,  é consequência. O foco é atendimento o relacionamento, atender a necessidade do associado”, explica Manfred.  Ele salienta também que a cooperativa tem um diferencial para atrair o associado. “A cooperativa parte do princípio que o associado vem para a cooperativa para preencher uma necessidade, porque pode optar por outra banco até mais ágil - por alguma estratégia - mas ele gosta de participar da administração, gestão, da prestação de contas, de se envolver. E o Banco Central também entendeu que a cooperativa deixa todo o dinheiro que capta na comunidade, não exporta, pelo contrário alavanca dinheiro para a comunidade, e isso é uma riqueza extraordinária”, argumenta Manfred sobre o diferencial das cooperativas de crédito. Ele aponta ainda que o BC também já observou outro fator determinante na consolidação das cooperativa no sistema financeiro. “Hoje no estado do Paraná nós temos setenta e cinco cidades que só tem cooperativa de crédito - somente Sicredi. O BC observou que isso é uma participação relevante. Fato que também passa a ser um indicador preocupante para os outros, e muito satisfatória para nos que como integrante do sistema de cooperativismo de crédito”, analisa.
 
Confira entrevista em vídeo.
 
Por Rosselane Giordani
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