Preocupado em aliar teoria à prática, o professor de Física Experimental Bruno Garcia Bonfim resolveu inovar este ano e lançou um desafio aos estudantes do 3º período do curso de Engenharia de Produção da PUCPR – Câmpus Toledo: lançar foguetes. A proposta resultou na organização da 1ª Mostra de Foguetes da PUC que será realizada na próxima segunda-feira (13), a partir das 21h ao lado do Bloco de Laboratórios.
Esta semana os acadêmicos ajustaram os últimos detalhes para o lançamento de dois modelos: um que utiliza combustível à base de reação química (vinagre + bicarbonato de sódio) e outro de combustível sólido, a mesma técnica usada nos foguetes espaciais. “Vence a equipe que tiver maior alcance”, resume o professor Bruno Garcia, feliz com a aceitação do desafio. “Eles estudantes) abraçaram a proposta porque conseguiram enxergar como a teoria pode ser aplicada na prática”, comenta. Ele cita ainda alguns tópicos da Física trabalhados neste exercício, como o estudo da aerodinâmica, uso de forças, leis da mecânica, “enfim, temas de alta complexidade que se tornam atrativas quando trabalhadas desta forma”.
Critérios
De acordo com o professor, os alunos seguem algumas regras. Por exemplo: o foguete não usa materiais cortantes ou de metal. O motivo é a segurança, pois o foguete é lançado a 150km/h e pressão de 150psi, quase cinco vezes a pressão normal do pneu de um carro de passeio. “Embora todos sigam os mesmos critérios de montagem, a fórmula para calcular quanto de combustível – determinante para o alcance – e outros elementos do processo de lançamento são feitos de maneira individual por cada equipe”, explica Bruno Garcia, destacando ser um os grandes segredos deste tipo de trabalho.
Objetivo
Apesar de ser uma competição interna, o objetivo é usar o exercício como treinamento para em 2017 os estudantes da PUCPR participarem da MOBFOG, a Mostra Brasileira de Foguetes, de onde o professor Bruno trouxe a ideia. A competição é organizada desde 2009 pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e integra a Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica. “Nosso objetivo em participar do evento é porque lá os estudantes poderão observar outros aspectos da Física e, quem sabe com isso, despertarmos neles vontade de seguir em carreiras diferentes, mas que também estão associadas ao que desenvolvemos no Câmpus aqui em Toledo”, finaliza Bruno Garcia Bonfim.
Da Assessoria.